Saúde

Surto de gripe superlota unidades de saúde em Feira de Santana

A policlínica do bairro Tomba, por exemplo, que atende sobretudo à região sul do município, está superlotada desde o início da manhã de hoje.

Surto de gripe superlota unidades de saúde em Feira de Santana Surto de gripe superlota unidades de saúde em Feira de Santana Surto de gripe superlota unidades de saúde em Feira de Santana Surto de gripe superlota unidades de saúde em Feira de Santana

Laiane Cruz

Pacientes que buscam atendimento na segunda-feira (27) nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Policlínicas de Feira de Santana tiveram que enfrentar uma longa espera e ambientes superlotados. A situação é reflexo da epidemia de gripe que a cidade enfrenta nos últimos dias, o que tem levado muitas pessoas a procurarem ajuda médica.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A policlínica do bairro Tomba, por exemplo, que atende sobretudo à região sul do município, está superlotada desde o início da manhã de hoje. Os pacientes chegam com sintomas de tosse, garganta inflamada, dores pelo corpo, febre, e em alguns casos diarréia. O atendimento está demorando até duas horas para acontecer, segundo o coordenador da unidade, José Pires Leal. Porém muitos pacientes relataram que estão aguardando há muito mais tempo.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o coordenador da policlínica confirmou o atraso no atendimento aos pacientes. Segundo ele, a cidade vive um surto muito grande e o número de pessoas que se dirigem ao local às segundas-feiras triplica por conta do fim de semana.

“Para se ter uma ideia, até por volta das 9h tínhamos realizado 120 atendimentos, tendo iniciado às 7h. A previsão é de 1h30 a 2h para o atendimento. Pedimos a paciência das pessoas. E o que está agravando é que a UPA do Clériston Andrade fechou as portas, não atende ninguém, e a Policlínica do Tomba é que está absorvendo a demanda não só da área do Tomba, como de outros municípios. Isso tem nos sobrecarregado demais”, lamentou sobre a situação.

José Pires disse ainda que casos mais graves e pessoas idosas estão tendo prioridade na fila. “Quem chega com febre alta e pessoas idosas estamos dando prioridade.”

A situação é semelhante na policlínica do bairro Parque Ipê, na zona norte da cidade. A recepção e o corredor do local estão superlotados e dezenas de pessoas também se aglomeram em frente à unidade de saúde. Além disso, tem pacientes que estão sendo colocados na garagem da unidade.

Moradora do Conjunto Feira VII, Ester Rodrigues buscou atendimento para a filha em diversos locais. Ela foi à policlínica do Tomba, até a UPA da Queimadinha e como não foi atendida, recorreu à unidade do Parque Ipê.

“Minha menina está com falta de ar e tem três dias com dor de cabeça. Estão colocando outras pessoas na frente, ninguém está sendo atendido. Cheguei aqui meio-dia e não fui atendida. Vim da UPA da Queimadinha, mandaram vir pra aqui, já rodamos tudo e não conseguimos atendimento”, reclamou.

A acompanhante Claudia dos Santos disse que a avó da prima está há três dias internada na Policlínica do Parque Ipê, à espera de uma regulação, por ter sofrido um aneurisma na aorta. Ela protestou contra a demora no atendimento e a superlotação da unidade com vários pacientes apresentando sintomas gripais.

“A avó da minha prima está aqui internada há três com aneurisma na aorta e até hoje não regularam. A clínica está cheia de pacientes com sintomas gripais, o que é gravíssimo para ela. Um senhor teve uma parada aqui na unidade hoje, ninguém chegou para atender e ele ficou mais de meia hora esperando um atendimento. A gente teve que gritar que o paciente estava passando mal. Está uma calamidade, com apenas dois médicos atendendo. Vários pacientes passando mal, com falta de ar. A policlínica superlotada. Vários pacientes aqui esperando regulação por parada, infarto”, declarou.

Anaiana Souza de Queiroz, que é moradora do Campo Limpo, levou o pai para ser atendimento no local, após ter passado mal em casa e apresentar fortes dores de cabeça e no corpo.

“Fui perguntar o porquê de tanta demora e a atendente do balcão disse que tinha gente há mais de cinco esperando. Meu pai está gripado, passando mal, com dor de cabeça, dor no corpo. Estão botando o povo na garagem. Vão esperar morrer para colocar pra dentro?”, disse.

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade