Foto: Andréa Trindade/Acorda Cidade
O episódio das guias acumuladas no PSF do Sítio Matias, que resultou no afastamento de toda a equipe da unidade por determinação do prefeito Tarcízio Pimenta, fez vir à tona problemas de atendimento em toda a rede de saúde pública municipal. Durante o programa Acorda Cidade de hoje (11), estouraram queixas de todos os pontos da cidade, demonstrando que o sistema não está dando conta da demanda.
Durante a visita de inspeção que a Secretaria de Saúde estará fazendo nos postos de saúde muitos problemas serão encontrados. Pelos menos é o que já sinalizaram moradores dos bairros Subaé, Viveiros, Parque Brasil, George Américo, Caseb, Rua Nova, Dispensário Santana, Aviário, Oyama Figueiredo, Campo Limpo, Feira X, Feira IX, Santo Antônio dos Prazeres e Santa Mônica. As deficiências no atendimento chegam também às localidades de Pau Seco, no distrito de Humildes, São José e Km 13.
Foto: Madalena de Jesus/Acorda Cidade
A enfermeira Fernanda de Fátima Assis, que há seis anos gerencia o PSF do Sítio Matias, reafirmou que a unidade não tem condições de absorver a quantidade de solicitações, já que os serviços são disponibilizados pela Central de Regulação mediante cotas. “Tem que haver triagem e obedecer uma ordem cronológica”, disse, ao defender a equipe do posto, que foi definida pelo prefeito como preguiçosa.
“Quanto mais a comunidade estiver satisfeita, melhor para a equipe. Não temos interesse em engavetar guias”, disse Fernanda, lembrando que às vezes o próprio paciente não retorna à unidade para pegar a guia. Ela acha que o caminho para solucionar o problema seria a revisão das cotas. A rede municipal tem 83 PSFs, 15 policlínicas e mais 123 municípios que compram serviços em Feira de Santana.
Foto: Andréa Trindade/Acorda Cidade
O secretário municipal de Saúde, Rafael Pinto Cordeiro (foto), disse que o fato da Central de Regulação não atender a demanda não justifica o acúmulo de 1.000 guias em uma unidade de PSF. Ele confirmou o afastamento da equipe do Sítio Matias, que segundo ele não são funcionários do município, mas sim cooperados. “Todos têm que acompanhar o ritmo do prefeito e garantir a celeridade do atendimento”, disse.
Madalena de Jesus