Daniela Cardoso e Ney Silva
Ao assumir na manhã desta sexta-feira (28) o cargo de diretor geral do Hospital Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, o odontólogo José Carlos Pitangueira disse, com exclusividade ao Acorda Cidade, que pretende mudar a realidade daquela unidade hospitalar em 90 dias e que espera contar com a ajuda de todos os servidores. Ele informou que, como medida inicial no cargo, vai procurar saber quem quer realmente trabalhar e quem não quiser será substituído. “Quem não quer trabalhar não vai ficar aqui”, afirmou.
Para melhor estruturar o Clériston Andrade, Pitangueira informou que já está com um engenheiro clínico para fazer um levantamento sobre a situação do hospital e garantiu que os profissionais de saúde vão ter condições de trabalho. “Eu olhei o conforto da UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e eu não dormiria lá. Eu com esse peso e com aquela cama, eu vou cair ou quebrar a cama”, disse em tom de indignação.
De acordo com Pitangueira, o quadro de médicos vai ser ampliado, mas ainda será necessário fazer um levantamento para saber a real necessidade do hospital. Ele acredita que em até três meses, com a ajuda dos funcionários, conseguirá realizar mudanças estruturais. “Quem muda isso aqui são os funcionários do Clériston Andrade. Eu vim para não ter terceirização. Agora, se eu não conseguir a ajuda dos funcionários, não adianta. Nem Deus vindo aqui vai resolver”.
O novo diretor disse que mudou a realidade do Hospital Roberto Santos, em Salvador, junto com os funcionários daquela unidade, e que se os servidores do Clériston quiserem, vão mudar essa situação. Ele reagiu ao questionamento de que viria assumir a direção do hospital de forma provisória. “Eu não iria sair de Salvador, da praia da Pituba e vir para Feira de Santana trabalhar de forma provisória. Eu vim para fazer modificações. Essa cidade merece ter um hospital decente”, afirmou.
Pitangueira disse mais uma vez que vai buscar apoio da secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas, e do prefeito José Ronaldo de Carvalho. “A prefeitura também vai ter que ajudar”, ressaltou. Além de Pitangueira, já estão trabalhando os demais diretores administrativo e médico, Joselise Ferreira Xavier e Alexandre Silva Dumas.
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