
A Santa Casa de Misericórdia informou que protocolou um documento no dia 30 de agosto para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informando sobre a situação, especialmente sobre as dificuldades financeiras enfrentadas em relação aos custos dos procedimentos, mas que não teve retorno. Já, a SMS disse ao Acorda Cidade que é preciso que a Santa Casa de Misericórdia explique detalhadamente qual tipo de apoio que necessita para dar continuidade aos atendimentos.
O problema chamou a atenção da população que passou a questionar sobre a intervenção do Ministério Público no assunto.
Nesta sexta-feira (1º), o promotor do MP, Audo Rodrigues, em entrevista ao Acorda Cidade, informou que o órgão já tinha conhecimento da situação desde o dia 14 de novembro, antes mesmo da veiculação de notícias pela mídia, através de uma representação anônima realizada por e-mail e que está diligenciando ações e solicitando informações da Santa Casa de Misericórdia com o objetivo de entender o que ocorre. Segundo ele, um ofício também foi enviado à SMS em busca de mais informações.
Ele destacou que o MP está na fase inicial de entender o que está acontecendo e que tem informações extraoficiais de que as dificuldades para a realização das cirurgias de cabeça e pescoço acontecem devido a defasagem na tabela do Serviço Único de Saúde (SUS).
Audo Rodrigues pontuou que o órgão pode intermediar um diálogo com o estado e o município em busca de melhorar os valores pagos nestas cirurgias.
“A gente tenta ser resolutivo, o caminho judicial nem sempre é o mais adequado, o mais célere. Um exemplo que temos foi a Micareta que o estado se uniu ao município. A gente não vai parar e precisa ter uma solução dessa demanda. Já estava na nossa mesa e acrescentou mais uma necessidade de urgência em relação a isso”, declarou.
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