Bahia

Jovem com cerca de 250 Kg é transferido para Salvador

Para realizar a transferência foi necessário o apoio de cinco homens do Corpo de Bombeiros e também da equipe médica.

Daniela Cardoso

 
 
Para realizar a transferência foi necessário o apoio de cinco homens do Corpo de Bombeiros e também da equipe médica. O capitão Adriano ressaltou que além da força, a técnica também foi utilizada com o objetivo de não agravar ainda mais o estado de saúde da vítima. “Graças a Deus utilizamos os equipamentos adequados o que facilitou o nosso trabalho. Nós usamos a força, mas também a técnica para não agravar ainda mais o estado do paciente”
 
Francisco aos 8 anos de idade | Foto reprodução Acorda Cidade
 
O médico Ricardo de Gouveia, que veio de Salvador para acompanhar e supervisionar Francisco Araújo, e que participou de alguns resgates semelhantes, disse que o momento de maior preocupação foi o deslocamento da cama até a ambulância. Ainda de acordo com ele, Francisco será monitorado o tempo todo por uma médica e toda aparelhagem de UTI vai estar na ambulância
 
“Se houver algum problema temos como dar suporte”, salientou, acrescentando que um leito específico para obeso, que suporta um peso maior, já está a espera de Francisco em Salvador. 
 
Sobre a cirurgia bariátrica, conhecida como cirurgia de redução estômago, o médico Ricardo disse que com o atual peso que Francisco está, que segundo o cálculo dele chega a no máximo 250 quilos, não há condições de ser feito o procedimento cirúrgico.  
 
“Ele vai passar por uma avaliação de uma equipe especializada, mas não há indicações de cirurgia. Existem outros procedimentos que devem ser feitos antes, para a redução dos riscos”, explicou.
 
Mãe se emociona e agradece ao Acorda Cidade 
 
A mãe de Francisco, Maria Aurizete de Araújo, estava emocionada durante a transferência do filho. Ela agradeceu a ajuda do Acorda Cidade e disse que apesar das pessoas de Serrinha conhecerem suas dificuldades, ninguém a ajudou. 
 
“Eu quero agradecer ao Acorda Cidade que ajudou para a gente conseguir o tratamento do meu filho. Eu agradeço com muito amor, fé e carinho. Agradeço do fundo do meu coração a toda a equipe. Aqui em Serrinha ninguém havia se comovido a fazer nada por meu filho. A cidade inteira sabia que ele precisava de um tratamento, mas ninguém ajudava”, relatou.
 
Maria Aurizete disse que agora tem esperança de vida para Francisco e rebateu as críticas que vem recebendo, de que não foi uma boa mãe por ter deixando o filho chegar a situação que está.
 
“As pessoas podem dizer que eu não fui uma mãe ideal, mas eu fui, porque todas as crises que ele teve eu corria para Salvador sozinha. As pessoas me criticam porque não conhecem as minhas possibilidades. Eu não podia comprar alimentos integrais e ninguém nunca ajudou nem com um palito de fósforos. Eu nunca fui uma mãe irresponsável. Eu não me cuidei para cuidar do meu filho, mas não tive condições”, desabafou emocionada.
 
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade