Saúde

Hospital Geral Cleriston Andrade quase pronto para fazer transplantes de rins

O beneficio pode ajudar mais de 3 mil pessoas que estão aguardando na fila por doações de órgãos, em toda a Bahia. A previsão para que o atendimento seja oferecido é partir de maio deste ano

Ilani Silva

O Hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA) está se preparando para implantar o serviço de transplante renal em Feira de Santana.  A previsão para que o atendimento seja oferecido é partir de maio deste ano.

De acordo com a enfermeira Fernanda Cláudia Santos, coordenadora da comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplantes, o hospital já recebeu a visita do coordenador Estadual de Transplante para auxiliar na implantação do serviço e está qualificando profissionais da área de saúde.

“Nós já temos uma comissão de doação, um dos médicos está fazendo capacitação na Espanha, país referencia de transplante renal e também já estamos analisando o local adequado para os pacientes ficarem” disse a enfermeira.

 O beneficio pode ajudar mais de 3 mil pessoas que estão aguardando na fila por doações de órgãos, em toda a Bahia. No entanto, Fernanda Santos alega que ainda existe um grande índice de resistência familiar contra as doações.

“Muitas vezes, por motivos religiosos e por não saber o desejo do doador a família se recusa a autorizar a doação”, informou.

No Brasil, todos os órgãos podem ser doados quando resultam de morte encefálica, apenas o transplante de córnea pode ser feito com a parada cardíaca. Esse fator, segundo a enfermeira, contribui também para a rejeição familiar.

“As pessoas tem receio de doar órgãos porque não acreditam na morte encefálica, acham que o paciente ainda pode estar vivo, mesmo depois de concluído todos os testes”, declarou.

Ano passado, o HGCA obteve dez diagnósticos concluídos de morte encefálica, mas somente duas famílias autorizaram doação.

Pós-transplante

Mesmo depois de realizado o procedimento de transplante, o paciente precisa estar sempre acompanhado por avaliações médicas.

“Ele vai tomar medicamentos para o resto da vida para evitar rejeição do órgão”, pontuou a enfermeira.

No entanto, o tratamento de hemodiálise feito três vezes na semana, por um período de quatro horas, não será mais necessário ao paciente. As informações são do repórter Ney Silva doprograma Acorda Cidade