Hospital Estadual da Criança regulariza atendimento a população

^{Daniela Cardoso e Ney Silva}

O Hospital Estadual da Criança (HEC), que estava com dificuldades de atender a comunidade devido aos atrasos no repasse de recursos pelo governo do estado, normalizou a situação após receber a fatura referente ao mês de dezembro de 2014. Na manhã desta terça-feira (14), as crianças e adolescentes levadas para o ambulatório e pronto socorro foram atendidas normalmente.

O hospital é gerenciado pela Fundação Martiniano Fernandes – IMIP Hospitalar. A superintendente do HEC, Scheila Barros, confirma que com os recursos repassados melhorou um pouco a situação daquela unidade hospitalar. Mas ela lembra que ainda existem recursos em atraso a serem repassados referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março.

“Com esse recebimento conseguimos regularizar todos os problemas que foram apresentados na semana passada. A partir de ontem, por volta das 13h, todo o serviço foi regularizado e até então continua dessa forma. Já realizamos os pagamentos dos médicos, dos contratos com a empresa de limpeza, de alimentos e hoje estamos reanalisando quais são as prioridades, pois é um montante de uma fatura que não tem como solucionar de imediato todos os problemas. Mas o importante é que os atendimentos estão normalizados”, destacou.

De acordo com Scheila Barros, essa estabilidade deve durar, no máximo, de 10 a 15 dias. Segundo ela, existe um atraso histórico dos repasses, que começou em setembro de 2013.

“Já enfrentamos algumas dificuldades desde o ano passado. Sempre tentamos não passar isso para nossos pacientes e funcionários, mas na semana passada a situação ficou muito mais crítica e a gente não conseguiu dar seguimento. Com esse repasse, já existe uma tentativa por parte do governo e do próprio IMIP de confeccionar um cronograma de pagamento para que a gente consiga seguir com a rotina do hospital”, afirmou.

Sobre a afirmação do secretário estadual de Saúde, Fábio Villas- Boas, de que o IMIP não está cumprindo com as metas estabelecidas em contrato, a superintendente do HEC confirmou, mas garantiu que se não fossem os atrasos nos repasses, não haveria problemas.

“Recebemos algumas multas, mas ressalto que esse cumprimento de metas não está sendo feito, devido ao atraso nos repasses. Não temos condições de cumprir todas as metas, se não temos a quantidade ideal de repasses. Eu não consigo projetar um aumento de leitos, ou qualquer outra meta que não está sendo batida, se não tenho a segurança de que vou receber o valor definido”, disse. 

Scheila Barros disse ainda que o IMIP tem interesse em continuar na gestão do HEC e informou que o hospital ultrapassou algumas metas, como a quantidade de atendimentos. “O IMIP sempre teve interesse na continuidade do contrato e agora só estamos aguardando uma reunião para saber como serão as diretrizes de metas e a repactuação do contrato”, afirmou. 

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