Feira de Santana

Hospital Clériston Andrade poderá suspender cirurgias eletivas por causa do coronavírus

A médica coordenadora da emergência, Helvia Fagundes, disse que a suspensão das cirurgias já está nos planos do hospital desde a formação do comitê do coronavírus.

Hospital Clériston Andrade poderá suspender cirurgias eletivas por causa do coronavírus Hospital Clériston Andrade poderá suspender cirurgias eletivas por causa do coronavírus Hospital Clériston Andrade poderá suspender cirurgias eletivas por causa do coronavírus Hospital Clériston Andrade poderá suspender cirurgias eletivas por causa do coronavírus

Daniela Cardoso e Ney Silva

As cirurgias eletivas no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) poderão ser suspensas a partir da próxima semana. A medida tem por objetivo reduzir o fluxo de pessoas no hospital por causa do coronavírus. A médica coordenadora da emergência, Helvia Fagundes, disse que a suspensão das cirurgias já está nos planos do hospital desde a formação do comitê do coronavírus.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade 

“Montamos um comitê interno no hospital e já estávamos avaliando essa questão, discutimos se era o caso de iniciar a suspensão de cirurgias eletivas. Esta semana ainda não suspendemos essas atividades por entender que temos apenas transmissão local, com três casos. Ainda não existe indício de transmissão comunitária e a gente está se preparando. Nesse momento ainda não cancelamos, mas está em pauta com a diretoria do hospital e muito provavelmente serão suspensas em algum momento”, afirmou.

A coordenadora explicou que o perfil de pacientes de cirurgias eletivas do HGCA é especial e muitas vezes os pacientes têm dificuldades de realizar os procedimentos cirúrgicos em outras unidades, por não haver, muitas vezes, outra unidade na região que realize o procedimento.

Além disso, Helvia Fagundes informou que existem pacientes que ficam internados no Clériston Andrade aguardando cirurgias e por isso esses procedimentos podem não ser suspensos, já que a saída do paciente do hospital depende da realização do procedimento cirúrgico.

“Se a gente adia essa cirurgia, existe o risco desse paciente ficar ainda mais tempo internado, então muitas vezes a cirurgia vem como uma solução para desospitalizar esses pacientes. Os pacientes que podem aguardar a cirurgia em casa, que não tem um risco maior, podem aguardar a remarcação do procedimento cirurgico. O objetivo é reduzir o fluxo de pacientes dentro do hospital assim como de visitantes para atrasar a disseminação da doença e também para ter leitos para atender a demanda nova que está surgindo”, afirmou.

A médica frisou ainda que o Hospital Geral Clériston Andrade vai continuar atendendo os pacientes do mesmo perfil, além da demanda de pacientes do Covid-19 que necessitar de internamento.

“Volto a dizer que o paciente do Covid-19 que está bem, vai ser acompanhando pela rede básica de saúde e o isolamento é domiciliar. O Clériston Andrade é destinado a pacientes com necessidade de internação”, pontuou.