Saúde

HGCA vai implantar enfermaria para atender pacientes graves com coronavírus

A informação foi dada pela médica Hélvia Fagundes, coordenadora da emergência do hospital.

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Ney Silva e Rachel Pinto

A Secretaria Estadual da Saúde está adquirindo equipamentos e enviando para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), com objetivo de instalar uma enfermaria específica para atender os casos graves de pessoas com coronavírus que precisem de internamento e isolamento. A informação foi dada pela médica Hélvia Fagundes, coordenadora da emergência do hospital.

De acordo com ela, o vírus do coronavírus tem uma transmissibilidade muito alta e é preciso que a sua disseminação seja atrasada. Várias medidas já foram tomadas com esse intuito e ela ressaltou que é muito importante que as pessoas estejam atentas as medidas de prevenção.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Aqui no HGCA nós adotamos medidas para tentar diminuir a circulação de pessoas, diminuir o contato físico entre as pessoas, de forma a tentar evitar, atrasar essa disseminação viral. Iniciamos campanhas para evitar aperto de mão, evitar abraços, evitar contatos mais próximos. Começamos a fazer restrição do número de visitantes e acompanhantes dos pacientes para diminuir o número de pessoas circulando dentro da unidade. Ademais, como nossa unidade é secundária de referência na cidade, na região e portanto, os pacientes que necessitarem de internamento hospitalar, invariavelmente virão para a nossa unidade, nós estamos providenciando leitos de retaguarda para termos condições de atender esses pacientes em um número maior, caso isso venha acontecer”, declarou.

Hélvia informou que o HGCA havia preparado seis leitos de retaguarda, leitos de isolamento para atender pacientes com coronavírus. Embora nenhum deles tenha sido usado até o momento, o hospital está criando também uma enfermaria para atender pacientes mais graves. Um setor mais adaptado, com materiais, mais ventiladores e em condições de atender mais pacientes do que a capacidade normal do hospital. Hélvia também explicou que o HGCA continuará atendendo os pacientes vitimas de ferimentos por arma de fogo e arma branca.

“O nosso hospital é um hospital geral. Não somos um hospital só para coronavírus. Nós temos que ampliar a nossa capacidade de tomar medidas realmente efetivas e medidas mais agressivas para evitar que aconteça a disseminação maior. Porque nós não vamos poder deixar de atender os outros pacientes. Vamos ter que adaptar a nossa realidade para atender os pacientes de coronavirus. Temos prontos seis leitos de retaguarda e que no momento não foram utilizados. Mais leitos estão sendo criados para que a gente possa atender ainda mais pacientes”, ressaltou.

Sobre os aparelhos de ventilação mecânica, a médica explicou que o HGCA dispõe de uma boa quantidade desses equipamentos e já está providenciando adquirir outros. O pronto socorro  conta com 23 unidades desses aparelhos e a nova enfermaria também será equipada com leitos que tenham capacidade de ventilação mecânica.

Hélvia considerou prudente a decisão da prefeitura de adiar a Micareta e na opinião dela, diante do contexto atual é importante que as pessoas evitem aglomerações.

Ela comentou que todos os pacientes que chegarem ao HGCA apresentando sintomas de gripe, como febre, tosse, coriza, desconforto respiratório e que estejam enquadrados como casos suspeitos ou prováveis de coronavírus, de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde, irão fazer com que o hospital acione a Vigilância Epidemiológica Municipal para que sejam feitas as notificações e a coleta de exames.

Só é feito o teste de coronavírus para os pacientes que tem probabilidade de terem sido infectados com o vírus. Alguns desses protocolos do Ministério da Saúde dizem respeito a pessoas que tiveram em viagem recente para países que apresentam o surto, ou pessoas que tiveram contato com pessoas contaminadas. Esses casos são considerados como suspeitos ou prováveis e encaminhados para investigação e adoção de orientações e medidas preventivas.