Campanha

Fevereiro Roxo e Laranja: confira as principais recomendações para o tratamento do Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus

Especialista alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamentos adequados.

Dia Mundial do Alzheimer
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Nos últimos anos, campanhas de conscientização para o diagnóstico precoce de doenças têm sido implementadas através de meses e cores. Outubro Rosa, Novembro Azul e Janeiro Branco são alguns exemplos dessas ações que impactam diretamente na sociedade. 

Dessa forma, com o objetivo de conscientizar a população sobre o Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus, doenças crônicas e incuráveis, foi criado o Fevereiro Roxo e Laranja, ação que se tornou fundamental para pacientes que convivem com alguma das doenças. Desenvolvida em 2014, em Minas Gerais, a campanha adotou como lema a frase “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”, com a finalidade de alertar sobre os principais tratamentos que permitem ao paciente uma convivência mais branda com as enfermidades. 

Além de promover a compreensão e gerar visibilidade para às doenças e a seus sintomas, o Fevereiro Roxo e Laranja também incentiva que aqueles que suspeitam de algum problema procurem por um médico especialista, fortalecendo a importância do diagnóstico precoce como o melhor caminho para retardar e controlar os sintomas. 

Marcell Rocha, Biomédico do IHEF (Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Feira de Santana), ressalta a importância do tratamento adequado e lista uma série de exames recomendados tanto no diagnóstico, quanto no acompanhamento das três doenças inclusas na campanha. 

Alzheimer

Considerado um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, o Alzheimer provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e personalidade da pessoa, causando consequências como a perda de memória. A Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) estima que no Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade e, desse total, cerca de seis por cento delas têm a doença de Alzheimer. 

“Existem formas eficientes para o diagnóstico do Mal de Alzheimer, entre eles estão: Proteína Beta Amiloide no Líquor, Tau Fosforilada, testes genéticos como Painel genético do Alzheimer, Sequenciamento do gene APP para Alzheimer, estudo genético da Apolipoproteína E, além do histórico familiar. Por não ter cura, os medicamentos e as estratégias de controle são os principais tratamentos para melhorar os sintomas temporariamente”, destaca o especialista. 

Fibromialgia

A Fibromialgia ataca especificamente as articulações, causando dores por todo o corpo, principalmente nos músculos e tendões. A síndrome também é responsável por provocar cansaço excessivo, alterações no sono, ansiedade e depressão. A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), destaca que no Brasil a Fibromialgia afeta cerca de 3% da população, na qual, a cada 10 pacientes com a síndrome, sete a nove são mulheres. 

O Biomédico reforça que o diagnóstico da doença depende completamente dos testes clínicos e do olhar do médico. “Alguns exames podem detectar inflamações, mas todos inespecíficas, como por exemplo CPK”, explica. 

Lúpus

Caracterizada como uma doença inflamatória autoimune, o Lúpus faz com que o organismo produza mais anticorpos que o necessário para manter o organismo em perfeito funcionamento, afetando múltiplos órgãos e tecidos, como por exemplo, pele, articulações, rins e cérebro. De acordo com o Ministério da Saúde, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é a forma mais séria e comum da doença, afetando aproximadamente 70% dos pacientes com Lúpus.  

Existem uma série de exames que são fundamentais para diagnosticar e manter a doença sob controle, entre os mais recomendados estão: Exame de urina; FAN (fator ou anticorpo antinuclear); Teste de anticorpos (como o anti-Sm e anti-DNA) e Anti nucleossomo.  

“Outros exames complementares que ajudam, a depender das manifestações que a pessoa apresentar: hemograma completo, radiografia de tórax e biópsia renal. É necessário que haja também o acompanhamento com anticoagulante lúpico”, alerta o Biomédico do IHEF. 

Mesmo sem uma cura definitiva, os tratamentos ajudam os pacientes na busca de uma melhor qualidade de vida, gerando o controle dos sintomas e a diminuição das crises. Através de modificações no estilo de vida, incluindo dieta e proteção contra o sol, até o uso contínuo de medicamentos, como anti-inflamatórios e esteroides.

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