Daniela Cardoso e Ney Silva
A costureira Maria das Graças Moraes Lobo vem enfrentando dificuldades para conseguir atendimento para o irmão, Roberto Carlos de Oliveira Moraes. Ele sofre de transtorno psíquico e nesta segunda-feira (5) não conseguiu uma consulta no Centro de Atenção Psicossocial (Caps-3). Segundo a costureira, quando o irmão está em crise, precisa de internação provisória.
“Há mais de 20 anos que meu irmão tem esses problemas. Quando ele era internado em Salvador, se recuperava e voltava às suas atividades normais. Depois que veio fazer o tratamento no Caps, ele não tem melhora nenhuma”, afirmou.
Segundo Maria das Graças, o irmão recebe medicamentos no Caps, mas ela afirma que já tem uns três meses que não tem atendimento nenhum no local. “Em fevereiro não teve expediente dia nenhum, segundo eles, porque o Caps estava em reforma. Depois veio a Semana Santa, a Micareta, e o feriado de 1º de maio. Praticamente não teve expediente no mês de abril”, destacou.
Situações semelhamtes são enfrentadas por diversas famílias em Feira de Santana. A costureira afirma, ainda, que na semana passada levou o irmão ao Caps, mas ele não foi atendido e não recebeu nenhum medicamento. “Disseram que ele não poderia ficar, pois estava muito agitado e não tinha médico. Agora a gente tem que ficar em casa nessa situação. Acho que ele deveria ficar internado provisoriamente. Eles deveriam ter dado pelo menos uma medicação antes de mandar ele voltar para casa”.
No Hospital Psiquiátrico Lopes Rodrigues, Maria das Graças também não conseguiu atendimento para o irmão. “Eles dizem que não aceitam pacientes do Caps. É muito sofrimento para a família. Só a gente sabe. A gente nunca o abandonou, mas às vezes é difícil ficar com uma pessoa assim dentro de casa, já que ele tem um comportamento agressivo”, desabafou.
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