Saúde

Enfermeiras falam sobre a importância da profissão em tempos de pandemia

A enfermeira Helen Vital, que atua como coordenadora da Atenção Básica de Feira de Santana, destacou que a enfermagem é a arte de cuidar e ter amor pelo próximo.

Laiane Cruz

Nesta quarta-feira (12) é celebrado o Dia do Enfermeiro. Esse profissional, que se dedica a cuidar de outras pessoas e seus familiares e viu crescer durante essa pandemia a importância que tem a sua profissão. Além disso, têm que enfrentar desafios diários na batalha contra o coronavírus.

Para a enfermeira Náira Lorrane Maciel Pereira, formada há três anos o dia a dia da profissão é exaustivo, devido a vários vínculos de trabalho que os profissionais se submetem a fim de alcançar melhores salários. No entanto, ela considera que a enfermagem é uma arte, que nessa pandemia se tornou ainda mais importante.

“Percebe-se que nessa pandemia o enfermeiro é muito importante. Estamos lidando com essa pandemia de frente. É difícil adentrar em um hospital, sendo que muitas vezes temos que deixar nossos familiares. Quando chegamos, não podemos encostar diretamente, principalmente quem tem filho. Então é um momento que estamos aprendendo muito, não apenas na questão científica, como em questão de humanismo e convivência. Deixo apenas uma palavra, que é gratidão pela profissão que escolhemos e por sermos os melhores profissionais para a sociedade está precisando do nosso serviço”, afirmou.

A enfermeira Helen Vital, que atua como coordenadora da Atenção Básica de Feira de Santana, destacou que a enfermagem é a arte de cuidar e ter amor pelo próximo. Segundo ela, além de muita dedicação, é preciso ter também o conhecimento técnico e científico para saber tratar a vida do outro.

Foto: Arquivo Pessoal

“É preciso ter muita sensibilidade e responsabilidade para atuar nessa área. É uma profissão desafiadora, em que os nossos limites são postos à prova a todo tempo, ainda mais nesse cenário atual, onde tudo é muito novo. Esse contexto no qual fomos inseridos vem causando medos e incertezas. Podemos até fraquejar, às vezes, pois somos humanos, mas somos resilientes e estamos aqui para o que der e vier. Quero parabenizar os meus colegas, não só pelo dia de hoje, mas por todos os dias, quando saem de suas casas para enfrentar essa batalha que estamos vivendo”, salientou.

Ela contou que está nessa profissão de enfermeira há cinco anos e trabalha oito horas por dia, ou conforme a necessidade.

“No momento, atuo como coordenadora da Atenção Básica do município. A enfermagem, na verdade, deve ser celebrada todos os dias, pois é uma profissão muito importante dentre outras que devem ser valorizadas, pois envolve o cuidado com o indivíduo como um todo, e os meus principais desafios são manter a manutenção da qualidade do cuidado e utilizar a liderança como instrumento incentivador. Nessa pandemia, vencemos o medo, duras jornadas de trabalho, vimos pessoas queridas partirem, tivemos que ser fortes, ainda que humanos”, observou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.