Daniela Cardoso
Saúde
Diretora do HDPA diz que pronto socorro não vai fechar e admite dificuldades na obstetrÃcia
De acordo com Sandra Peggy, o que existe é um reordenamento do serviço de pronto atendimento do Dom Pedro, pois o hospital nos últimos três anos está se caracterizando com duas habilitações de alta complexidade, que é cardiovascular e de oncologia.
A Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana não vai fechar o pronto socorro do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA). O serviço será reestruturado, de acordo com a diretora do hospital, Sandra Peggy que admite que o setor de obstetrícia está enfrentando dificuldades.
“Eu quero deixar a comunidade de Feira de Santana tranquila, pois não existe fechamento de pronto socorro, o que existe é um reordenamento do serviço de pronto atendimento do HDPA, em virtude do hospital, nos últimos três anos, estar se caracterizando com duas habilitações de alta complexidade, que é cardiovascular e de oncologia”, explicou.
De acordo com Sandra Peggy, para ter uma unidade oncológica é necessário estar dentro de uma unidade hospitalar e ter UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Ela ressalta que o HDPA, juntamente com o Ministério da Saúde e com as secretarias estadual e municipal de saúde, nos últimos três anos conseguiram essa conquista.
“O perfil do Dom Pedro vem se desenhando de uma forma diferente. A comunidade está assustada com essa história que vai fechar, mas não é fechamento e sim emergência referenciada, reordenada e reorganizada”, ressaltou.
A diretora do Dom Pedro relatou que muitas vezes pacientes se dirigem ao pronto socorro do hospital com uma unha encravada, por exemplo, e ocupa o lugar de outro paciente com outra patologia mais complicada.
“Muitos atendimentos podem ser muito bem prestados nas policlínicas e nos PFS que prestam bom atendimento. Hoje a gente tem uma unidade de internação oncológica com 14 leitos que vivem lotados. Não é fechamento de emergência, é reordenamento de serviço. Os funcionários já estão orientados a encaminhar a população, mas eu quero o apoio da comunidade”, disse.
Dificuldades na obstetrícia
Sandra Peggy admitiu que o setor de obstetrícia está enfrentando dificuldades e disse que esse problema não é exclusivo do Hospital Dom Pedro de Alcântara. “Temos hoje o problema de obstetrícia, inclusive na rede tem alguns problemas no Hospital da Mulher de super lotação, e problemas no Hospital Clériston Andrade”, afirmou.
De acordo com a diretora do hospital, o Dom Pedro tem problemas na obstetrícia, pois faltam profissionais. Ela salienta que mesmo com essa carência, o hospital tenta oferecer uma boa qualidade aos pacientes.
“A escala tem furos no fim de semana, tem furos noturnos. A gente se esforça para completar as escalas, mas não conseguimos porque todos os profissionais de obstetrícia do Dom Pedro recebem exclusivamente o honorário que o SUS (Sistema Único de Saúde) paga, eles não tem salário”, disse.
As informações e fotos são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
Assuntos