pele
Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira (14) é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, doença crônica caracterizada por níveis elevados de glicose (açúcar) no sangue. Sabendo da importância da data, o Acorda Cidade resolveu chamar atenção para os cuidados que pacientes com esta condição devem ter com os próprios pés para evitar o pé diabético.

Segundo o Ministério da Saúde, mais de 10% da população brasileira convive com diabetes, e o pé diabético é uma das complicações mais graves da doença. A condição é caracterizada pela alteração nos nervos e na circulação sanguínea dos pés, deixando a região mais suscetível a feridas, infecções e, em casos graves, podendo levar até à amputação do membro.

Riscos de amputação

Ainda segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que 25% dos pacientes com diabetes desenvolvam algum tipo de ferida (úlceras) nos pés ao longo da vida. Somente entre janeiro de 2024 e fevereiro de 2025, foram registradas mais de 4 mil amputações decorrentes da doença no país.

Eva Oliveira , professora de enfermagem
Eva Oliveira , professora de enfermagem | Foto: Ney Silva / Acorda Cidade

“Essa é uma das complicações mais graves do diabetes, porque ele pode evoluir de forma silenciosa. Muitas vezes o paciente perde a sensibilidade nos pés, o que chamamos de neuropatia diabética, e não percebe pequenos machucados. Essas lesões podem infeccionar e agravar rapidamente, levando à necrose. Em alguns casos, à amputação. Além disso, o impacto emocional e social é muito grande”, explicou a enfermeira Eva Oliveira.

Prevenção

A profissional, que também é professora em um curso de Enfermagem, explicou que o pé diabético pode comprometer a mobilidade, a independência e a qualidade de vida dos pacientes com a condição. Segundo Eva, nos casos graves, quando ocorrem amputações, o problema causa ainda mais limitações e pode levar à depressão e dificuldades no retorno às atividades do cotidiano.

“É importante observar qualquer alteração nos membros, como o aparecimento de feridas, bolhas, rachaduras, vermelhidão, inchaço, deformidades ou mudança na coloração da pele. O paciente deve procurar uma unidade de saúde assim que notar algo diferente. É essencial manter o controle rigoroso da glicemia. Além disso, deve-se realizar o exame diário dos pés, usar calçados confortáveis e adequados, cortar as unhas com cuidado e evitar andar descalço. Consultas regulares com o enfermeiro e o médico ajudam a detectar precocemente qualquer problema.”

“É importante estabelecer uma rotina de autocuidado diária. Lavar e secar os pés todos os dias, inclusive entre os dedos. Hidratar a pele, mas não entre os dedos. Usar meias de algodão e trocá-las diariamente. Evitar sapatos apertados, de bico fino, e andar descalço. Também é essencial examinar os pés e procurar o posto de saúde se notar qualquer ferida ou alteração”, concluiu a enfermeira.

Com informações do repórter Ney Silva, do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e YouTube e grupo de Telegram.