O presidente do InstitutoSócratesGuanaes, quegeriu o Hospital EstadualdaCriança (HEC) pordoisanos, AndréGuanaes de Carvalho, estevenamanhãdestasegunda-feira (18) no programaAcordaCidade, ondefalousobre as dívidasquerestaramdagestão. As pendênciasincluemdívidastrabalhistas e tributosquesomadoschegam a R$ 19 milhões. “As açõestrabalhistasestão em torno de R$ 6,3 milhões. As dívidasreferentesaopagamento dos médicos, quenãofoifeito nos últimosmeses, está em torno de R$ 1,7 milhões.
Segundo Guanaes, o instituto, queéumainstituiçãosem fins lucrativos, foiconvocadopelosecretárioEstadual de Saúde, Jorge Solla, paracontribuir com o processo de terceirização do HEC e desde o iníciodagestão o contratoapontavapara um valor abaixoda real necessidade do hospital. Eleafirmouqueàmedidaquefoiassumindo o HECfoifeito um estudoprofundo, ondepercebeuquerealmente o contratoestavasubestimado. De acordo com o presidentedainstituição, no contratoestáclaroquehavendodesequilíbriofinanceiro, a contratante, queé o Estado, seriaobrigado a fazer o equilíbrio.
“Mostramos o estudoquefoideferidopelaáreatécnicadasecretaria, comprovandoqueprecisavaaumentar o valor. Depois a ProcuradoriaGeral do Estado (PGE) tambémdeferiu o processo, porque, baseado em estudos, foimostradoquerealmentenecessitava de um reequilíbrio financeiro”, explicou.
AndréGuanaesafirmouque no primeiroano de contrato a fatura era mensal e o valor era de 2,7 milhõespara 150 leitos. No segundoano, o valor era de 4,3 milhõespara 280 leitos, o quesegundoele, dá um valor de 600 reaisporleito/dia, para o primeiroano e de R$ 500,00 para o segundoano. Andréafirmouque o valor éimprocedente, poisdeveriaser em torno de R$ 1.220,00.
Ainda de acordo com ele, essadiferençafoireconhecidapelaáreatécnicadaSesab (Secretaria de Saúde do Estadoda Bahia) e pelaPGE e o valor de R$ 9,6 milhões, queestavamatrasados, foipago, mas o Estadonãocumpriu a medidaquediziaparapagar o primeiroano e retificar o contrato. Alémdessesproblemas, Guanaesdissequeduranteos 24 mesesàfrente do hospital a instituiçãorecebeu 23 meses com atraso, quesegundoele, chegou a 28 dias no primeiroano e 38 no segundo.
“Como a gentesórecebia a metade do valor, nóssótínhamosverbaparafazer a operação do hospital e nacondição de médicomeuprimeirodeverésalvarvidas. Entãonãopodiafaltarmedicações e tínhamosquepagar a folha. Elegemosessaprioridade, masnãodavaparapagar o restante, queeramostributos e fazerosprovisionamentostrabalhistas. Nósficamospormuito tempo aguardandoessarepactuação o quenãoocorreu e porissoostrabalhadoresaindanão receberam”, afirmou.
Continuidade do serviço
Apesar de todososproblemasdurante a gestão, AndréGuanaesexplicouquecontinuouàfrentedagerência do hospital, pois se tivessesuspendido o contrato, o atendimentotambémseriasuspenso. “Antes de tudoeupriorizei o atendimentoàs crianças”, disse.
Segundalicitação
O Institutoparticipoudasegundalicitaçãoparagerir o HEC, mesmo com as dívidasrestantes. AndréGuanesexplicouque o Conselho do Institutoentendeuqueassimdeveriafazer, pois a SócratesGuanaesfoi a primeiraorganização a conhecerprofundamente o hospital. “Seriaumaomissãonossanãoentrarparadizerqualé o valor necessárioparagerir o HEC. Porcontadisso, entramos com um mandado de segurançapara suspender a licitaçãoporinexecutividade”.
Previsão de pagamentodasrecisões
Sobre o pagamentodasrescisões, Guanaesafirmouquesódepende do entendimento do governo. “Muitosjuízesestãoentendendoque o Estadoésolidário e tem a obrigação de arcar com o débito. AssimeuficomaistranquiloquetodosostrabalhadoresdeverãoreceberpeloEstado. Nossosadvogadostêmacompanhado e tivemos um últimoparecer do juizMedrado, mostrandoquepela lei o Estadodevesersolidário e pagaressadívida. Semprequetemoscontato, o Estadotemprometidodarumasolução. O que me preocupaéquejásão 11 meses”, frisou.
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