Covid-19

Com ocupação máxima nos leitos de covid-19, coordenador de UTIs do Clériston Andrade pede para população manter os cuidados

Segundo o médico, houve um aumento considerável de pacientes jovens na taxa de ocupação.

Acorda Cidade

A ocupação dos leitos para tratamento de pacientes com covid-19 no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) em Feira de Santana, está 100%, realidade encontrada na unidade quase que o tempo inteiro.

A mudança nesta segunda onda está no perfil dos pacientes, cuja média de idade estava em torno de 70 anos, e vem atingindo pessoas com menos idade.

“Houve um aumento considerável de pacientes jovens na taxa de ocupação. Hoje eles correspondem a mais ou menos 42% dos pacientes em nossas unidades e quando falo isso me refiro aos pacientes de até 40 anos de idade. Quando você coloca até 60 anos já corresponde a metade ou pouco mais da metade dos pacientes. Essa é uma mudança brusca de perfil. Na primeira onda nós tínhamos uma média de idade em torno de 70 anos, e agora essa idade média está em 57 anos”, informou ao Acorda Cidade o médico intensivista e coordenador das UTIs do HGCA Lúcio Couto.

O médico acredita que essa mudança tenha relação com as com as novas cepas circulantes e o maior grau de exposição dos jovens. A boa notícia, é que o tempo de espera na fila da regulação está caindo bastante.

“O Clériston está convivendo com taxa máxima de ocupação ainda, a gente começa o dia com 90% e termina o dia com 100%. Essa tem sido a nossa realidade. A espera da central de regulação é que diminuiu consideravelmente. A Secretaria tem conseguindo enviar pacientes para diferentes hospitais da rede, Arena Fonte Nova, Hospital Espanhol, e isso tem feito com que o tempo de espera na tela na regulação esteja diminuindo bastante. Isso é uma boa notícia, mas no número de internados no hospital ainda não”, destacou o coordenador de UTIs que alerta a população para manter os cuidados.

“A mensagem que quero passar para a população, é que mantenha as medias. Elas estão dando algum resultado, mas não o suficiente para um retorno à normalidade. Evitar aglomeração, sair de casa só quem realmente precisa, uso de máscara, higienização frequente de mãos, e consciência mesmo para que isso seja executado e com um volume de pessoas vacinadas que venha a influenciar nesta redução”.