
Neste sábado, dia 1º de novembro, a Fundação Hospitalar de Feira de Santana realizou uma triagem de pacientes que desejam fazer a cirurgia de gigantomastia extrema, condição caracterizada pelo crescimento excessivo das mamas.
O procedimento, que ocorreu no Ambulatório de Saúde da Mulher, é oferecido gratuitamente e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida de mulheres que sofrem com dores e limitações físicas causadas pelo peso das mamas.

Trabalho constante
Ao Acorda Cidade, Gilberte Lucas, presidenta da Fundação, contou que o objetivo da ação foi conseguir mapear ao todo 500 pacientes, sendo 300 vagas de caráter imediato e com agendamento garantido para o dia 21 de março.
“A gente vai, a partir do momento em que essa paciente fizer a triagem, estar divulgando a relação da primeira etapa. Essa primeira etapa é daqueles que são aprovados na triagem. Aí a gente vai para a segunda etapa, que é a visita em domicílio, e depois a terceira etapa, que são os exames”, disse Gilberte.

“É importante a gente reforçar que tem aqueles critérios que estão estabelecidos e bastante divulgados. A gente vem trabalhando no sentido de que, no último mutirão, que foi em 2022, foram selecionadas 107 pacientes, e a gente já está terminando de operar esse grupo. Por isso, abrimos uma nova triagem para dar oportunidade a outras mulheres de fazerem a cirurgia, porque estamos concluindo a triagem passada”, complementou a presidenta.
Ação continuada
Gilberte reafirmou que a Fundação é responsável por fazer todo o acompanhamento das pacientes selecionadas e, no caso daquelas que necessitem de exames pré-operatórios, eles também são realizados nas unidades gerenciadas pela Fundação Hospitalar. A presidenta afirmou que os esforços são para garantir uma transformação na vida dessas pacientes.

“Após a cirurgia, muda extremamente muita coisa, não só o físico, mas o psicológico também. São pacientes que viveram a vida toda com mamas gigantes e que têm a realidade completamente transformada depois da cirurgia. Então são cirurgias essenciais para mudar a qualidade de vida e o emocional dessas pacientes”, disse Gilberte.
Qualidade de vida
E é através dessa mudança na qualidade de vida que Marinalva Marinho de Jesus está em busca. Ao Acorda Cidade, ela revelou que as mamas já estão pesando cerca de 5 kg, condição que está afetando sua vida em diversas áreas.

“O peso da mama inflama embaixo dos seios, incomoda na coluna e nos ombros. Sinto muita dor na coluna, nos ombros, no pescoço. As dificuldades são inúmeras. Impacta no sono, no emocional e até na hora de comprar uma roupa, porque você se sente desconfortável. Realmente é uma situação muito difícil para quem tem mamas grandes”, disse Marinalva.

“É muito importante. Seria muito bom se abrangesse mais pessoas, porque a quantidade de cirurgias realizadas não é suficiente para as necessidades que nós temos na cidade. Então, se conseguissem ampliar, seria muito bom”, complementou a moradora.
Em busca de ajuda
A jornalista Tainara Fiúza também esteve na triagem. Ao Acorda Cidade, a profissional de comunicação contou que o excesso de peso nas mamas impacta diversas áreas da vida, desde o desempenho no trabalho até a prática de atividades físicas.

“Dói a coluna, minha postura é curvada, e isso prejudica minha saúde física e também emocional. Dói para andar, correr. Até evito correr porque pesa bastante e incomoda. É um incômodo muito grande. Eu trabalho na produção, então fico sentada na cadeira por muito tempo, e minha postura fica torta. Isso prejudica meu trabalho também, porque às vezes sinto dor e tenho que levantar”, concluiu a jornalista.
Com informações do repórter Ney Silva, do Acorda Cidade
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