Daniela Cardoso
Foi realizada na tarde de terça-feira (27), a abertura da 4ª Campanha Municipal de Prevenção ao Câncer de Útero em Feira de Santana. O evento foi realizado no auditório da Secretária Municipal de Saúde. A coordenadora do programa da mulher, Rita Rios, informou que no ano passado 400 casos de lesões precursoras, aquelas que ainda não se tornaram um câncer, foram registrados.
“Esses casos são importantes porque nós podemos intervim nesse processo de desenvolvimento e certamente essas mulheres não desenvolverão um câncer no futuro”, disse a coordenadora, acrescentando que apenas três casos de câncer invasor foram registrados na cidade.
Ela destacou a importância da consulta médica para um diagnóstico precoce do câncer de útero, já que segundo ela, essa doença é silenciosa. “Os sintomas quase nunca aparecem e quando vêm aparecer a paciente já esta com o câncer avançado.”
Mas ela ressaltou que também é importante descobrir e tratar o câncer quando ele está em um estágio mais avançado. “Também é importante porque a gente vai tentar dar uma melhor qualidade de vida a essa mulher.”
Rita Rios explicou que o maior causador do câncer de colo de útero é o HPV, que é uma doença sexualmente transmissível, e que para que seja feito o tratamento é necessário a retirada da lesão. “Tiramos a lesão encontrada quando detectamos através do preventivo essas alterações que o HPV produz nas células.”
De acordo com ela a mulher que faz o preventivo na rede do município, automaticamente, se for detectado alguma alteração, recebe o resultado com uma consulta de patologia cervical marcada e depois será feita a biopsia e tudo que for necessário.
Ela ressaltou que o objetivo do lançamento da campanha é conscientizar as mulheres, principalmente com idade entre 25 e 59 anos, a procurarem um posto de saúde. “Mas, isso não quer dizer que mulheres abaixo de 25 anos e com mais de 60 não devam procurar o atendimento”, salientou.
A enfermeira Andrea Luiza disse que muitas mulheres não procuram as unidades de saúde dos bairros, por sentirem vergonha. “Como aqui todo mundo se conhece, muitas mulheres sentem vergonha, mas a gente tenta convencer explicando que o melhor lugar para fazer o exame é na própria unidade de saúde, pois o encaminhamento do tratamento é feito a partir dessa unidade.”
Ela explicou que para fazer a coleta do material para o exame, as pacientes não podem ter tido relação sexual 48 horas antes e não podem ter usado creme vaginal. Segundo Andrea o resultado do exame pode sair entre 20 a 25 dias, dependendo da unidade de saúde. As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.