Saúde

As arritmias são as maiores responsáveis pelas paradas cardiorrespiratórias

O socorro precisa ser feito em até 3 minutos para não haver sequelas

Acorda Cidade

O coração para de pulsar ou pulsa de maneira muito lenta, o sangue não circula no corpo levando o oxigênio aos órgãos vitais. Cerca de 10 segundos depois, a pessoa perde a consciência devido à interrupção da circulação sanguínea cerebral.
 
Caso não haja retorno da circulação em três minutos, começa a haver lesão no cérebro e, após 10 minutos, as chances de sobrevivência são quase nulas. Assim acontece a morte súbita provocada pela parada cardiorrespiratória  (PCR).

Durante a sua permanência no Instituto Ortopédico de Goiânia, o filho do sertanejo Leonardo, o cantor Pedro Leonardo Dantas  sofreu uma parada cardiorrespiratória de quatro minutos.

Em março deste ano, o jogador congolês Fabrice Muamba, meio-campo do Bolton, também sofreu uma PCR durante um jogo. Muamba se recupera em casa. Até o fechamento dessa edição, embora o caso de Pedro inspirasse cuidados, o quadro de saúde permanecia estável.

Segundo o cardiologista do Hospital Espanhol e doutor em cardiologia pela Universidade de São Paulo(USP), Fábio Vilas Boas, o fator que determina a sobrevivência de pessoas que sofrem uma parada do coração é o suporte de vida que recebem nesse tempo e a estimulação para que o músculo cardíaco volte a funcionar.

“Uma pessoa que sofre uma parada cardiorrespiratória. sozinha, provavelmente, morrerá, ao passo que aqueles que passam por uma situação como a de Pedro, numa UTI ou com possibilidade de ser socorrido rapidamente têm chances de superar esse episódio sem sequelas”, explica o médico, destacando que, a cada minuto que o indivíduo passa sem socorro, reduzem em 10% as chances de sobrevivência.


Arte: Jornal Correio
 

Desfibrilador  


Em países como os Estados Unidos, a presença de equipamentos que promovam o estímulo cardíaco em casos de PCR, o Desfibrilador Automático Externo (DEA), é obrigatória em todos os prédios públicos e em eventos com mais de cinco mil pessoas.

Aliado a isso, as técnicas de ressucitação são ensinadas nas escolas primárias, possibilitando que qualquer pessoa possa prestar socorro.

Fábio Vilas Boas diz que em pessoas menores de 50 anos, as paradas cardíacas são causadas pelas doenças congênitas, insuficiências respiratórias ou arritmias, que são perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos do coração.

Nos maiores de 50 anos, as PCR geralmente são causadas pelas doenças cardíacas, a exemplo da Doença de Chagas, hipertensão, entre outras. Nos pacientes que estão internados, as paradas estão ligadas aos quadros infecciosos, insuficiência respiratória ou renal e a hipotensão.

Fonte: Correio