Saúde

Após MP recomendar que prefeitura garanta atendimentos essenciais de saúde, prefeito diz que entrave está na regulação

Uma paciente que aguardava a regulação morreu ontem na Policlínica do bairro Rua Nova.

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Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil

Após o Ministério Público Estadual (MP) recomendar que o município de Feira de Santana adote medidas para garantir os atendimentos nas áreas tidas como essenciais de saúde, como urgência, emergência e em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o prefeito Colbert Martins da Silva declarou em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta segunda-feira (17), que o grande entrave está na questão da regulação dos pacientes.

Ele informou que está acompanhando a situação e que também vai acionar o MP e a Justiça contra a secretária estadual de saúde pela morte de uma paciente de 35 anos que morreu ontem ao aguardar a regulação na policlínica do bairro Rua Nova.

“São 124 pessoas mortas aguardando a regulação. Regulação mata mais do que bala, temos pessoas com mais de 30 dias aguardando transferência que é de responsabilidade do governo do estado que tem que fazer a parte dele e não está fazendo”, frisou.

Questionado sobre a suspensão de atendimentos médicos no município em razão dos atrasos de pagamentos, Colbert declarou que a questão envolve atendimentos ambulatoriais e que acontecem em várias circunstâncias. No entanto, tanto o município, quanto o estado devem fazer o que compete sua esfera e respeitando cada um os seus limites.

“Cada um faz o que deve fazer e respeita a sua competência. A regulação impacta no nosso atendimento de urgências, atrapalha a gente a internar pessoas”, declarou.

Ele respondeu que a superlotação do Hospital Gera Clériston Andrade (HGCA) e em Upas não acontece devido a deficiência na saúde básica, mas que é uma situação que diz respeito aos atendimentos de emergência.

O governador Jerônimo Rodrigues em entrevista ao Acorda Cidade, também na manhã de hoje (17), informou que o governo do estado vai trabalhar noite e dia para resolver sobre a regulação de pacientes mas que é preciso que haja a atuação das prefeituras. Ele enfatizou que a saúde é um sistema que precisa da participação de todos.

“Não da para trabalhar sozinho. Lula está fazendo, eu estou fazendo e os municípios precisam fazer. A saúde é um sistema. Eu não vou medir esforços com orçamento para ajudar os municípios, mas não dá para ver a UPA fechada de município que tem dinheiro e não está fazendo o seu papel na atenção básica”, encerrou.

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