Alerta

Amor e cuidado: Dia dos Namorados reforça alerta para ISTs

A enfermeira Jayanne Carneiro, destaca que mesmo em um relacionamento estável, fazer sexo sem preservativo pode trazer riscos.

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Foto: Divulgação
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Após algum tempo de convívio, é comum que casais decidam ter relações sexuais sem o uso de preservativo. Apesar do aumento da confiança e da intimidade no relacionamento, essa proximidade não reduz os riscos de transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (IST). A enfermeira Jayanne Carneiro, destaca que mesmo em um relacionamento estável, fazer sexo sem preservativo pode trazer riscos.

“A principal preocupação são as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Muitas dessas infecções podem estar presentes sem sintomas, e mesmo confiando no parceiro, é possível que ele (ou você) tenha tido contato com alguma IST antes do relacionamento atual. Além disso, em casos de relações abertas ou não completamente definidas, o risco aumenta se não houver diálogo claro e testagens atualizadas”, afirmou.

Ela orienta que os casais tenham conversas honestas e respeitosas sobre o assunto. “Evite entrar em confronto e tente mostrar que o uso do preservativo é um cuidado com o casal e não uma desconfiança. Algo como: ‘Eu gosto muito de estar com você e quero que a gente se cuide. Podemos falar sobre prevenção juntos?’. O ideal é criar um espaço seguro para falar sobre saúde sexual com leveza e responsabilidade”.

Jayanne destaca que ambos os parceiros devem realizar exames para ISTs, como uma atitude de cuidado mútuo. “Fazer exames antes de decidir abrir mão do preservativo é uma forma de proteger a saúde de ambos. Não se trata de desconfiança, mas sim de responsabilidade e prevenção. É um passo importante para quem quer viver uma sexualidade segura e tranquila dentro do relacionamento”.

Segundo ela, para casais monogâmicos e estáveis que já testaram antes de parar o uso do preservativo, a periodicidade dos exames é de pelo menos uma vez por ano.  Já em relações com mais de um parceiro ou com novas experiências sexuais, a testagem deve ser feita a cada 3 a 6 meses.

Sinais de alerta

A enfermeira Jayanne Carneiro, que é coordenadora do curso de Enfermagem da Estácio em Feira de Santana, alerta que muitas ISTs não apresentam sintomas no início e por isso a testagem regular é tão importante. Ela destaca alguns sinais de alerta mais comuns:

  • Corrimento diferente
  • Feridas na região genital
  • Coceira
  • Dor ao urinar ou durante a relação
  • Verrugas
  • Dor pélvica

A enfermeira destaca que ao notar qualquer sinal o ideal é procurar atendimento médico o quanto antes.

PrEP x PEP

A enfermeira ainda explicou que existem outros métodos de proteção além do preservativo que podem ajudar a prevenir as ISTs. “A PrEP (profilaxia pré-exposição) é um exemplo — ela protege contra o HIV em pessoas com risco aumentado. Tem também a PEP (pós-exposição), usada em até 72h após uma relação desprotegida. Mas é importante lembrar que esses métodos não substituem o preservativo, pois não previnem outras ISTs, como sífilis, gonorreia, HPV e clamídia”.

Reforço da vacinação

As vacinas também são aliadas na prevenção contra as ISTs. As mais conhecidas são as vacinas contra o HPV e a hepatite B. Ambas estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e são extremamente importantes. “A vacina contra o HPV protege contra diversos tipos do vírus que causam verrugas genitais e até câncer. Já a vacina contra a hepatite B previne uma infecção que pode afetar seriamente o fígado”, informou Jayanne.

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