Feira de Santana

52 novos casos de HIV são detectados no primeiro trimestre deste ano

Em 2011, o total foi de 215 casos (104 de HIV e 111 de Aids), sendo vítimas 139 homens e 76 mulheres.

 

Acorda Cidade
 
O Serviço de Assistência Especializado (SAE) do Centro de Referência Municipal (CRM) DST/HIV/Aids, disponibilizado no Centro de Saúde Especializado Dr. Leone Coelho (CSE), registrou no primeiro trimestre deste ano 52 novos casos de HIV/Aids (23 de HIV e 29 de Aids), sendo 34 casos no público masculino e 18 no feminino.
 
Em 2011, o total foi de 215 casos (104 de HIV e 111 de Aids), sendo vítimas 139 homens e 76 mulheres. No mesmo ano, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do CRM realizou 3.660 atendimentos. Destes, 1.493 usuários foram em busca de conhecer o status sorológico, realizando exames no CTA.
 
A coordenadora do CRM, Vanessa Sampaio, observa que os serviços disponibilizados pelo órgão têm conseguido atrair de forma significativa o público masculino. “Antes, aproximadamente 90% do público era representado pelas mulheres. Hoje a procura está quase equiparada. Para atrairmos um público maior, trabalhamos com a convocação de parceiros. Se o usuário entrada como suspeita ou confirmada com alguma infecção sexualmente transmissível, é feita a convocação de parceiro (os)”, ressalta.
 
O desenvolvimento de campanhas de Política Nacional de Saúde do Homem, conforme Vanessa Sampaio, tem contribuído para esta mudança de comportamentos. “Vários instrumentos e estratégias são implantadas a cada ano para sensibilizar o público masculino. O aumento na procura dos serviços pelos homens é também um reflexo disso”, considera. Ela lembra, ainda, que o preconceito sofrido pelos portadores da doença e o estigma que a Aids carrega continua sendo uma barreira no tratamento.
 
“Superar essas situações parece ser o maior problema enfrentado pelos soropositivos. Por conta disso, muitos se descuidam no tratamento, deixam de frequentar as consultas mensais e não retiram o medicamento no CRM. Eles temem serem vistos por pessoas conhecidas e preferem não compartilhar seus sentimentos com amigos ou familiares”, destaca, acrescentando que “o abandono do tratamento pode provocar uma piora no quadro e provocar a morte”.
 
Cerca de 20 atendimentos com realização do teste de HIV são feitos diariamente no local, mediante agendamentos. Os usuários inicialmente participam de atividades de acolhimento e, individualmente, são ouvidos e recebem orientações, para então se submeterem a coleta de sangue. Se o resultado for positivo, ele será acompanhado por um infectologista, que indicará a medicação adequada com base no exame de carga viral. A retirada do medicamento é feita no próprio local, que oferece também acompanhamentos com odontólogo, psicólogo e fisioterapeuta. (Secom)