Vereador destaca importância do Plano Plurianual e convida população para participação ativa 
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O vereador Pedro Américo (Cidadania) criticou duramente o Plano de Saúde dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (Planserv). A fala foi feita durante a sessão desta terça-feira (21) na Câmara de Vereadores de Feira de Santana. Segundo o parlamentar, cerca de 18 especialidades médicas deixaram de ser atendidas pelo plano na cidade.

Para Américo, a baixa na prestação de consultas com esse grupo de especialistas tem dois motivos: a demora para que o plano realize o pagamento à clínica, que, em alguns casos, só ocorre cerca de 90 dias após a realização da consulta, e o baixo valor que os profissionais recebem por consultas. Segundo o parlamentar, alguns médicos relatam só receber R$ 8 por atendimento.

Planserv | Telemedicina
Foto: Feijão Almeida/GOVBA

“Um médico estuda 9 anos para ser um especialista, tem profissional que demora 12 anos para ser especialista. O cara não vai, depois de 12 anos de estudo, querer receber R$ 8 ou R$ 20 pela consulta. A grande maioria dos médicos não quer mais atender o Planserv, e não é só em Feira de Santana que isso está acontecendo. Nós temos 417 municípios na Bahia. E o pior, a gente vai conversar com operadoras de planos particulares de saúde, e eles dizem que os valores deles são baixos porque a referência deles é o plano de saúde do Estado”, disse o vereador.

“Então, além do Planserv em si prejudicar a população, está também impondo ao mercado, fazendo com que os planos de saúde particulares operem nos mesmos valores ou até valores abaixo do Planserv. Hoje o plano tem aproximadamente 600 mil usuários, pessoas que estão neste limbo para marcar exames e consultas. Algumas clínicas liberam pouquíssimas cotas no mês”, complementou o vereador.

É justo?

O vereador afirmou que a crítica está direcionada ao modelo problemático de funcionamento do plano. Américo disse que, quando o assunto é emergência, a situação é um pouco mais confortável, pois há unidades de saúde na cidade que atendem comerciais clínicas. Mas, quando o olhar é voltado para tratamentos duradouros e preventivos, a atuação fica cada dia mais complicada.

“Tem gente que já relatou que está há 90 dias tentando marcar um raio-x e não consegue. São 600 mil pessoas, aproximadamente, que são impactadas por essa deficiência. E, quando a gente pega e espelha isso para o modelo privado, para os planos privados, nós temos aí um contingente de pessoas que, com certeza, vai passar de 3 milhões de pessoas na Bahia que são impactadas por esse problema”, disse o vereador.

“Nós estamos querendo fazer um coro a esse clamor que os médicos estão fazendo, que as clínicas estão fazendo, porque a gente sabe que é um valor injusto e a gente precisa que a população seja atendida. A população paga caro pelos planos de saúde, não tem plano de saúde barato, nem do Planserv, nem particular, todos são caríssimos para a nossa população, e a gente paga caro e não tem”, concluiu o vereador.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves

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Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

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