Acorda Cidade
Uma dia após a sua morte, o presidenciável Eduardo Campos (PSB) doou a quantia no valor de 2,5 milhões de reais de sua conta para o Comitê Financeiro Nacional do partido, que dias depois anunciaria a candidata Marina Silva como substituta dele na corrida ao cargo, informou na terça-feira (9) o jornal o Dia.
O ex-presidente Eduardo Campos morreu em um acidente por volta das 10h do dia 13 de agosto, quando a aeronave em que estava, um jato Cessna 560XL, caiu no litoral paulista minutos depois de decolar do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Investigações apontam que o mau tempo pode ter provocado a tragédia.
Segundo O Dia, a operação de transferência ocorreu no dia 14 de agosto e seu registro está na segunda prestação de contas dos candidatos, divulgada no sábado pelo TSE.
Advogados especialistas em direito eleitoral, procurados pelo jornal, afirmaram que a transferência não poderia ocorrer, já que, ao morrer, o CNPJ da candidatura de Campos deveria ser extinguido, e o dinheiro retido. Segundo eles, só no final da campanha o partido teria acesso à doação, como sobra de arrecadação.
A doação foi feita em espécie, e segundo o coordenador financeiro da campanha do PSB, Basileu Margarido, tudo foi feito dentro da legalidade. “O escritório de Direito que nos atende consultou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fazer a operação. Segundo eles, não há nada de errado”, afirmou.