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Conseguir, superar, avançar. Utilizando algumas dessas palavras em seu discurso, o presidente Michel Temer fez um balanço sobre os dois anos de seu governo e ressaltou a recuperação em áreas como economia, educação e saúde. Em encontro com ministros e autoridades na tarde desta terça (15), no Palácio do Planalto, o emedebista apresentou números para atestar a melhora do país.
O principal deles mostra a queda na inflação, que, segundos dados do governo, caiu de 9,39% em março de 2016 para 2,68% em março deste ano, além da redução da taxa básica de juros (Selic), que chegou a 6,5%, o menor patamar desde que o índice é registrado. Temer fez questão de elogiar a equipe que integra seu governo e afirmou que se orgulha de ter tirado o país do vermelho.
“Nós tínhamos, e eu senti isso desde o primeiro momento, que montar um grupo capaz de vencer a pior recessão da nossa história. E convenhamos, conseguimos uma das melhores equipes, penso eu, de todos os tempos. E os resultados estão aí. Nestes 24 meses de trabalho, nós avançamos.”
Ao tratar das reformas, sempre lembradas em suas falas, o presidente da República citou as mudanças nas leis trabalhistas e a reformulação do Ensino Médio. As classificou como “ousadas” e “modernas” e enfatizou que as modificações “geram um ambiente para atrair investidores, abrir vagas de empregos e aumentar a renda”.
“Permitam-me que eu volte um pouco a falar sobre as reformas. Eu começo pela modernização da lei trabalhista, que foi, sem dúvida, uma grande reforma, uma grande conquista, pois garantiu a todos os direitos dos trabalhadores. Os trabalhadores não tem um direito sequer eliminado, até mesmo dos terceirizados e dos temporários”.
O desemprego também foi um dos assuntos comentados por Temer. Para o presidente, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontam crescimento dos postos de trabalho em março de 2018, mostram que os brasileiros estão tendo “mais oportunidades”. O líder do Executivo também falou sobre o que chamou de "virada" das empresas estatais do país.
As maiores companhias controladas pela União, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Eletrobras e Petrobras, passaram de um prejuízo conjunto de mais de R$ 32 bilhões em 2015 para um lucro, somado, de R$ 28,4 bilhões, em 2017. Segundo Temer, “uma variação positiva de R$ 50,9 bilhões”. Ao fim do discurso, o presidente garantiu que ainda há “muito para se fazer” até dezembro e desafiou: “se em dois anos fizemos tudo isso, em sete meses podemos fazer pelo menos mais um terço”.