Daniela Cardoso e Ney Silva 
 
O Partido Socialista Brasileiro (PSB), que saiu da base do governo Jaques Wagner, não vai fazer oposição e não rompeu com as lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT). O partido quer apenas tomar um rumo diferente para a construção de uma nova política, com métodos novos, para ter um futuro que tenha os mesmos valores que os socialistas sempre defenderam. A afirmação foi feita pela senadora Lídice da Mata, presidente estadual do PSB, que esteve nesta sexta-feira (28) em Feira de Santana para instalar a comissão provisória do partido. 
 

 
O evento ocorreu na CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e contou com as presenças de militantes históricos do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), PSD (Partido Socialista Democrático) e de outros partidos chamados de progressistas. Segundo Lídice da Mata, as pessoas que hoje estão ingressando no PSB fizeram história e estão buscando o partido porque entendem que é necessário um novo caminho.
 
“O caminho que queremos não é de fazer oposição ao governo e depois que se integra a esse governo, repete a mesma cartilha. O que queremos, na verdade, é construir um novo pacto social”, afirmou Lídice. Ela confirma que o PSB não rompeu com o governo Wagner e disse que esse afastamento pode não ser definitivo. “Saímos do governo, mas respeitamos o governador Jaques Wagner e também respeitamos a experiência que tivemos”, salientou. 
 
Sobre a pré-candidatura ao governo do estado, Lídice da Mata informou que a proposta vem sendo muito bem recebida pelas pessoas e pelas lideranças das cidades por onde ela passa. Ela disse que não dispõe de grandes recursos financeiros, mas acha que eles virão do esforço da militância  e da luta dela própria. "Estamos crescendo em apoio fazendo a nossa campanha chegar a novos municípios e segmentos que se oferecem para apoiar nossa candidatura”, afirmou. 
 
Questionada sobre os cargos que o PSB tinha no governo Wagner, ela informou que foram entregues. Ela citou o caso do secretário Domingos Leoneli, que deixou o governo com todo o gabinete. Mas ela ressalta que tem pessoas que estão no governo Wagner e que não são do PSB, mas colaboravam com o partido. “Acho muito estranho o governador chegar agora no último ano do governo e demitir todos aqueles que construíram e colaboraram com sua gestão”, observa.