Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia pelo PT
Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia pelo PT | Foto: Ney Silva / Acorda Cidade

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), disse não estar muito preocupado com o dilema sobre quais serão os candidatos do grupo dele ao Senado nas eleições de 2026. Para o petista, ter “três bons nomes” para concorrer às duas vagas disponíveis é um sinal de que o time está arrumado.

“Felicidade é de um técnico que tem bons jogadores em campo e no banco de reserva. Eu celebro isso. Para nós, a dor de cabeça não é falta de bons nomes, é pelo contrário, [para nós a dor de cabeça é] ter os nomes de Ângelo Coronel, de Jaques Wagner e de Rui Costa como possibilidades. Eu estou correndo feliz”, disse o governador durante um evento da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Bahia (Fetag).

Entenda o jogo

Seguindo a regra prevista na Constituição Federal do Brasil para a manutenção das cadeiras do Senado, no próximo ano duas das três vagas estarão disponíveis. Atualmente, o estado é representado por Otto Alencar (PSD), Ângelo Coronel (PSD) e Jaques Wagner (PT), sendo essas duas últimas cadeiras as disponíveis para a eleição de 2026. Os dois senadores já declararam abertamente que vão concorrer à reeleição.

Tudo estaria bem amarrado, garantindo a boa sintonia entre o PSD e o PT, aliados de longa data no estado, se não fosse o desejo de outro experiente político em ocupar a cadeira de senador. O ex-governador Rui Costa (PT) se projeta cada dia mais como postulante ao cargo, ocupando a vaga que, na teoria, seria de Coronel.

Nada mais justo do que uma chapa puro-sangue, somente com candidatos petistas, Rui e Wagner, para concorrer às eleições em um estado que há quase 20 anos é governado pelo Partido dos Trabalhadores, ou não?

“O nome de Rui Costa é um nome justo de ter sido colocado, pela experiência dele, pela forma como ele agora ajuda o Lula. E Rui foi até o final, então é justo que a gente possa analisar, apreciar os três nomes e tomar uma decisão que possa ter uma chapa forte e que unifique o grupo”, disse o governador.

Matemática básica

Apesar do tom sereno do governador em frente aos microfones, Jerônimo sabe que o partido está em uma situação, no mínimo, desconfortável. Levar até as últimas consequências o desejo de lançar dois candidatos petistas é correr o risco de azedar uma boa relação com o PSD.

Se, de um lado, tem Coronel afirmando que será candidato, pois “espaço conquistado tem que ser preservado”, e de outro tem Rui querendo a vaga, uma coisa é certa: alguém terá que ceder ou alguém terá que decidir o impasse.

“Se a gente puder entender que, na política, a gente segue a regra das omeletes, que não se faz omelete sem quebrar ovos, eu também imagino assim. É claro que nós não estamos padecendo, nós estamos sofrendo pelo fato de termos três bons nomes”, concluiu o governador.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves

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Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

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