Feira de Santana

Projeto que prevê leitura bíblica nas escolas causa polêmica na Câmara de Vereadores

A professora Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), esteve na sessão e junto com um grupo de professores mostrou toda a sua indignação em relação ao projeto.

Rachel Pinto

Atualizada às 18:45

O projeto do vereador Isaías de Diogo, que prevê a leitura bíblica em escolas da rede pública e privada em Feira de Santana entrou em discussão nesta segunda-feira (2), na Câmara de Vereadores e foi suspenso, por cinco sessões em virtude da polêmica que causou ao ser apresentado.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A professora Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), esteve na sessão e junto com um grupo de professores mostrou toda a sua indignação em relação ao projeto. Para ela, a religião é opção individual de cada um e a escola não pode obrigar a leitura bíblica.

“A escola tem o papel de discutir sobre as diversas religiões e não pode obrigar. A opção de ser evangélico, cristão, católico, mulçumano, budista ou ateu é opção individual de cada um. A escola não tem esse papel. É um absurdo. Assegurar é obrigar. O estado é laico. Nós respeitamos todas todas as religiões. O vereador deveria estar preocupado com outras questões como a falta de merenda e o enquadramento dos professores que ainda não foi feito para todos”, declarou.

O vereador Isaías de Diogo, comentou sobre o seu projeto de lei e segundo ele, a iniciativa vai beneficiar pessoas de todas as religiões. Ele salientou que o projeto não obriga a nada e levará a palavra de Deus para ser lida nas escolas.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“É uma meia dúzia de pessoas que está causando polêmica. Garantir a leitura bíblica é garantir a leitura dos livros das religiões que as pessoas acreditam. Com certeza esse projeto será aprovado”, finalizou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.