Durante uma entrevista coletiva na tarde da última sexta-feira (22) o atual prefeito da cidade de Santo Estevão, Orlando Santiago, informou que encontrou a prefeitura com um débito de cerca de 22 milhões de reais, além de diversas obras inacabadas e unidades públicas municipais destruídas. Ele afirmou que a dívida é resultado de uma má gestão, que colocou a cidade em uma situação de dificuldade e que quem sofre é a população.
Orlando disse que existem restos de contas a pagar e que a prefeitura não tem recurso em caixa. Segundo ele, as pendências incluem débitos com o INSS, Receita Federal, Coelba, Caixa Econômica Federal e Justiça do Trabalho. Mesmo sem recursos, o prefeito garantiu que irá pagar a todos os credores. “Os pagamentos serão cumpridos e honrados, até mesmo porque é da nossa obrigação e está na lei. É início de gestão e essa situação está ocorrendo em muitos municípios vizinhos. Essa dívida nos deixa com uma dificuldade maior para fazermos novos investimentos”, afirmou.
Segundo o prefeito, a prioridade do momento é fazer uma gestão com os pés no chão, focada na realidade e sem precipitação. Ele afirmou que irá liquidar os débitos e fazer as obras que o dinheiro permitir. “Estamos preocupados em fazer de pouco, muito. Foi isso que eu fiz na minha gestão anterior. A gente teve um cuidado com contas de água, luz e telefone, com os móveis e com as unidades físicas. Tudo isso gera economia e o dinheiro pode ser investido em outras coisas”, ressaltou Orlando.
O gestor frisou ainda que a administração séria e responsável deve acompanhar, fiscalizar e monitorar os dados dos gastos do município. Ele afirmou que está fazendo uma redução de gastos e que apenas no mês de janeiro já economizou 60 mil reias, somente da conta de combustível. “Se eu puder continuar nesse ritmo, conseguirei economizar 720 mil reais durante doze meses”, calculou.
Sobre o fato de ter indicado o prefeito da gestão passado, Rogério Costa, Orlando disse que não arrepende e nem se sente culpado pela situação que se encontra a cidade. Ele afirmou que tomou a decisão correta do momento e que não poderia adivinhar que as expectativas não seriam correspondidas. “Eu não poderia saber como seria. A gente se projeta para o futuro a cada momento. No passado eu acreditei, mas hoje não acredito mais. Ele foi a pessoa certa para ser indicado na época, mas não correspondeu. Isso é da vida e a gente tem que entender”, pontuou.
Orlando disse ainda que não terá problemas em se relacionar com os vereadores de oposição. Ele afirmou que irá dialogar e conversar normalmente e que cada um terá sua posição. “Não estou preocupado com isso. Não tenho inimigos. Eu tive adversários políticos no momento da campanha, mas agora já passou. Hoje eu tenho obrigação de ser prefeito”, frisou.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade