Rachel Pinto e Milena Brandão
O prefeito Colbert Martins que há 60 dias assumiu a prefeitura de Feira de Santana participou de entrevista no Programa Acorda Cidade e falou como está a sua adaptação ao governo nesses primeiros meses, além da integração entre a equipe e as ações pra atender as principais demandas da população da cidade. Colbert falou sobre o trabalho de recuperação do piso da cidade e tapa-buracos que estão entre as principais queixas de motoristas e moradores. O secretário municipal de Serviços Públicos, Justiniano França, acompanhou o prefeito aos estúdios da Rádio Sociedade News FM e respondeu algumas perguntas dos ouvintes. Confira abaixo a entrevista.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Acorda Cidade (AC) : O senhor tem 60 dias que a frente da prefeitura. Qual é a avaliação que o senhor faz até aqui?
Prefeito: É um período de adaptação, de integração com toda a equipe. Estou dando continuidade a todas as ações iniciadas pelo ex-prefeito José Ronaldo e que são ações de interesse do povo de Feira de Santana.
AC: Bom, o senhor já percebeu que a grande demanda é em relação ao pavimento. Qual será a ação adotada?
Prefeito: Desde 2010, nós não tínhamos tantas chuvas em Feira de Santana. Agora, esse período intenso de chuva é importante principalmente para as pessoas que vivem e trabalham na zona rural, teremos produção grande em razão das chuvas. (…) Existem problemas na cidade, eu reconheço. As pessoas estão preocupadas com esse tipo de problema. Eu vou recuperar o piso da cidade. O que eu não posso fazer nesse momento é recuperar, fazer um tapa buraco, chover amanhã e o buraco aparecer de novo. Peço as pessoas que tenham o máximo possível de tolerância e paciência porque a prefeitura de Feira de Santana vai recuperar tanto na zona rural quanto na zona urbana.
AC: Mas, alguns pontos precisam de, pelo menos, um paliativo. Por exemplo, a Av. José Falcão estava com um lado da pista interditado, isso não pode continuar.
Prefeito: A Secretaria de Desenvolvimento Urbano estava trabalhando quando a reportagem do Acorda Cidade chegou no local. É necessário tirar a água do local, depois fazer a recolocação de betume e asfalto. Nós estamos trabalhando. Agora, a quantidade de danificações de pavimento é muito maior que a nossa capacidade de recuperar.
AC: O senhor já tem alguma ideia de como está a cidade? Algum levantamento?
Prefeito: Tenho visto que não é apenas com relação à piso asfáltico. Nós temos tido problemas com relação à paralelepípedos, drenagens. Estive em Brasília, durante três vezes, buscando recursos para compra de material asfáltico e eu não consegui receber ainda até porque depois da greve dos caminhoneiros muita coisa está sendo cortada para poder pagar o subsídio ao diesel. Eu espero ainda contar com alguns recursos para fazer a recuperação do piso. Mas, se por acaso tiver algum problema em Brasília, nós vamos ter que utilizar os nossos recursos mesmo.
AC: Nesse caso, o senhor foi buscar recursos da união ou empréstimos?
Prefeito: Da União. Solicitei 10 milhões de reais que, segundo nossos cálculos, daria para fazer um grande recapeamento asfáltico.
AC: Algumas ruas, à exemplo da Rua Tomé de Souza, não tem mais condições de “tapa buraco”. Como vai ser resolvido?
Prefeito: Com o recapeamento. Tem lugares, aqui nos Capuchinhos por exemplo, que o asfalto, pelo tempo de uso, precisa ser recuperado. Vou buscar recursos para fazer uma grande ação de recapeamento asfáltico e recomposição de piso à paralelepípedo.
AC: A marginal que sai do Cajueiro até o Santo Antônio dos Prazeres é uma emenda de deputado e está abandonada. O que é que acontece com aquela obra?
Prefeito: Aquela obra está sendo concluída agora, porque a maior parte do recurso dela foi utilizada para fazer uma grande drenagem. Foram gastos quase 4 milhões de reais. Uma parte desses recursos foi liberado há pouco tempo. A questão da interligação também está dependendo de finalização mas a obra está em andamento. Mas, mesmo com todos os problemas que se tem, se não fosse a marginal com as dificuldades de trafegabilidade, estaríamos praticamente parados.
Entrevista com o secretário Justiniano França
Foto: Acorda Cidade
AC: Secretário Justiniano França, a iluminação da marginal não foi acionada ainda, por quê?
Secretário: Porque ainda é responsabilidade da empresa. A empresa não entregou para a prefeitura então nós não podemos assumir a nível de manutenção. Essa conclusão da obra é completa iluminação, drenagem e pavimentação, então a empresa tem que fazer a entrega dela para que a prefeitura possa assumir em definitivo.
AC: E a prefeitura está devendo a empresa, é isso?
Secretário: Falta pagamento ainda. A parte de complementação do recurso ainda está faltando. Já fui em Brasília para cobrar essa liberação também.
AC: Secretário Justiniano, a Av. Presidente Dutra está com as pistas laterais escuras. A prefeitura não poderia resolver?
Secretário: Nós temos quatro pistas em cada lado na avenida, a gente observa que a luminosidade da última pista é pouca. Nós estamos trabalhando, já apresentamos uma proposta ao prefeito, que já esteve buscando recursos para que a gente possa melhorar a qualidade iluminação nessas pistas.
AC: Por que não é resolvida a licitação da iluminação pública da cidade, que está sob judice?
Secretário: Está no tribunal. São duas licitações e estão travadas. Uma para a troca de lâmpadas LED e outra de manutenção. Se resolvermos a situação do LED, cai a situação da manutenção porque a manutenção fará parte da licitação da empresa que fará a troca da iluminação por LED. Nós temos alguns pontos críticos. O bairro Santo Antônio dos Prazeres pode ser melhorado com recursos da prefeitura sem esperar o DNIT e a duplicação, que não tem nem projeto.
AC: O que o senhor acha disso?
Secretário: Concordo. Acho que é necessário fazer a intervenção possível porque ali acabou criando-se uma dificuldade muito grande.
AC: Quais as considerações em relação a reclamação da iluminação da via de acesso à UPA do Clériston e a policlínica?
Secretário: A obra não foi feita pelo município. O Estado construiu a UPA, a policlínica e o Hospital Estadual da Criança. Nunca foi solicitado da Prefeitura a colocação de iluminação e há uma discussão: é de responsabilidade da prefeitura, do estado ou da Via Bahia? Alguém tem que ser provocado. Mesmo assim, eu já pedi a Coelba o projeto para apresentar o prefeito para depois discutirmos de quem é a responsabilidade. Então está escuro mesmo mas foi feito as obras e nunca foi solicitado a iluminação. A obra foi feita pelo Estado e precisava apresentar ao município a questão da iluminação daquela via.