O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), rebateu as críticas que vem recebendo após a divulgação da última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que mostra que cinco das 10 cidades mais violentas do Brasil estão na Bahia. A lista é organizada com base no número de homicídios que ocorrem nos municípios.
Segundo o governador, os dados estão defasados, pois são referentes aos homicídios ocorridos em 2024 e, de lá para cá, o governo estadual reduziu significativamente os indicadores de violência e intensificou o investimento na área da segurança pública. Para Jerônimo, os dados estão sendo explorados de forma política.
“Existe político para tudo. Alguns não conseguem ver nada de bom no que a gente faz. Cada vez que esses abrem a boca para pegar uma pesquisa dessa, ao invés de a gente poder fazer um mutirão para mostrar a Bahia ao Brasil, nós temos um estado de paz, mostram o contrário. Botam Feira de Santana e Jequié como cidades violentas. Esses são irresponsáveis, esses não sabem fazer política para dentro e acabam criando uma imagem ruim [da Bahia]”, disse o governador.
Investimento e ações
Jerônimo afirmou que está otimista com o próximo anuário, pois, segundo ele, somente no primeiro semestre deste ano, a Bahia já registrou cerca de 10% de redução nos índices de violência e que, em alguns municípios do estado, a redução chega a estar entre 30% e 40%.
“Nós estamos reduzindo os indicadores e tem gente que continua remoendo a conversa, fica insistindo, dizendo que tem violência, que Feira de Santana, Simões Filho e Jequié são violentas. Nós não estamos brincando com isso. São concursos, equipamentos e capacitação [destinados para a área de segurança pública]. Eu tenho plena certeza, nós estamos saindo dessa situação e nós seremos vitoriosos. Nosso inimigo não é a política, nosso inimigo é o crime organizado”.
“Nós vamos descapitalizar esse sistema, que não é uma causa só na Bahia. O mundo padece com o crime organizado. Nós chegamos agora a prender quase 50 fuzis em sete meses. A Bahia não produz fuzis, vêm de fora. O Brasil não tem esse laboratório forte de drogas, vêm de fora. Portanto, nós estamos num mutirão muito sério. É um tema muito especial para a gente, que atinge dentro da casa das pessoas. A gente não fica nada feliz quando a gente ouve ou vê uma notícia, mas nós não estamos parados”, concluiu o governador.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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