Taxação

Governador diz que isenção sobre produtos não cultivados nos EUA podem beneficiar produtores baianos

A medida é vista como uma possibilidade de o Brasil não ser muito impactado pela tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump.

Jerônimo Rodrigues
Foto: Sérgio Di Salles

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou a possibilidade de os Estados Unidos (EUA) isentarem de taxações produtos que não são cultivados no país. A medida, anunciada pelo secretário de comércio norte-americano, atinge diretamente frutas como laranja, manga, cacau e café.

Para o petista, que estava em Feira de Santana na manhã desta quarta-feira (30) para fazer a entrega de viaturas, a medida é vista como uma possibilidade de o Brasil não ser muito impactado pela tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump, que deve entrar em vigor em menos de 40 horas. Jerônimo acredita que os produtores baianos podem ser beneficiados com a isenção.

“Claro que nos alegra, pois somos exportadores de manga e cacau. Eu espero que esses anúncios positivos venham cada vez mais. Ontem conversei com o senador Jaques Wagner, que está lá [EUA]. Estamos otimistas, pelo menos para tentar fazer um encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, para que a gente possa entrar em consenso. O Lula nunca negou qualquer tipo de agenda com nenhum presidente, muito menos de um país importante como os Estados Unidos”, disse o governador.

Expansão de mercado

Jerônimo marcou posição ao reforçar, assim como todos os bons aliados do Planalto, que o governo federal está aberto ao diálogo e apostado na boa e velha diplomacia para reverter a taxação norte-americana aos produtos brasileiros. Mas, sabendo que existe a possibilidade de Trump não recuar, o governador afirmou que vem trabalhando em um plano alternativo para escoar os produtos baianos impactados pela tarifa de 50%.

Rodrigues disse que vem realizando diversas reuniões com empresários ligados aos setores produtivos impactados, na tentativa de colher demandas e pensar de forma conjunta soluções de mercado para escoar os produtos que devem ser atingidos pelas tarifas. O governador afirmou que ouviu de um produtor de mangas especiais que, com a taxa de 50% em vigor, será impossível exportar.

“Inclusive o setor atacadista e de supermercados se prontificaram a pegar essas mangas e distribuir nos mercados da Bahia. Mas, segundo o produtor, essa é uma manga muito diferente; ela é feita para os EUA, foram anos pesquisando e o quilo custa entre R$ 30 e R$ 40 porque é uma manga para um mercado específico, um nicho muito específico.”

“A chave não vira com a rapidez como na ignição de um carro, precisa de todo um movimento; esses empresários fazem contratos para o futuro. Eu espero que a gente consiga superar esse momento. Estive em Brasília, conversei com o ministro Alckmin, e nós conseguimos trazer para a Bahia um escritório da Apex [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos], que é uma agência que dá apoio aos estados para abrirem novos mercados. Nós temos que fazer isso, na regra da economia há uma [máxima] que diz: não devemos colocar todos os ovos em uma cesta só. Então, nós temos que ir em todos os mercados importadores”, concluiu o governador.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves

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Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

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