Bahia

Comentarista político diz que PT pode entregar eleição de bandeja para ACM Neto

O comentarista entende que é natural que Rui Costa, depois de comandar o estado da Bahia por 8 anos, esteja também pleiteando um espaço político de manutenção.

Comentarista político diz que PT pode entregar eleição de bandeja para ACM Neto Comentarista político diz que PT pode entregar eleição de bandeja para ACM Neto Comentarista político diz que PT pode entregar eleição de bandeja para ACM Neto Comentarista político diz que PT pode entregar eleição de bandeja para ACM Neto

Laiane Cruz

O médico e comentarista político César Oliveira, de Feira de Santana, avaliou nesta quinta-feira (10) o cenário atual da construção das chapas políticas para disputa ao cargo de governador da Bahia, nas eleições de outubro deste ano.

Segundo ele, o desenho atual mostra uma indefinição sobre quem seria o candidato do PT e um desmantelo do partido na escolha de um nome forte para concorrer às eleições ao lado de ACM Neto.

Foto: Arquivo Pessoal

“Eu acho que faltou ao PT ou talvez ao governador, que é o líder do momento, um planejamento ou a criação da figura que seria o seu substituto. Apostou em Wagner, que tem uma situação cômoda no Senado e não quis, provavelmente, enfrentar uma disputa dura, num momento em que o PT tem um desgaste e há um candidato bem situado nas pesquisas, que é ACM Neto. Então essa combinação de recursos em uma campanha dura, em tempos de escassez, talvez não tenha se tornado atrativa para Jaques Wagner”, afirmou César Oliveira.

O comentarista entende que é natural que Rui Costa, depois de comandar o estado da Bahia por 8 anos, esteja também pleiteando um espaço político de manutenção.

“Depois de ter guiado o PT e sustentado a manutenção do poder no estado durante oito anos, é natural que ele queira ter a manutenção de um cargo. A gente sabe que político sem cargo, até o café que ele recebe é frio, nunca mais toma um café quente. Então, na hora em que houve essa desarrumação, de que Rui Costa queria fazer o seu candidato ao senado, isso desmantelou toda a estrutura. Mas Otto Alencar não está preparado para uma campanha de governador, que é completamente diferente da campanha para senador. Tem outra dimensão. De repente, o que nós vemos é que todos os caciques do PT, nem Otto nem Jaques Wagner, quiseram assumir uma candidatura a governador.”

Time B

Com a negativa ou receio de Wagner e Otto em disputar a eleição com ACM Neto, o PT agora não teria outra alternativa a não ser partir para um plano B e correr o risco de perder a eleição.

“E aí se fala em três nomes, que sejam lideranças do PT, mas compõem o time reserva. Então colocam o time de bandeja e já facilitaram para ACM começar a gelar o champagne da vitória nesta candidatura. Pegar agora uma liderança, que não tem uma projeção estadual, que não tem a mesma capilaridade, para fazer a transferência de voto, por mais otimista que seja o partido, evidente que não é a mesma coisa, e o risco do PT perder a eleição é maior, do que se tivesse Wagner ou Otto nessa disputa.”

Nomes como os secretário estadual de educação, Jerônimo Rodrigues, o prefeito de Camaçari, Luis Caetano, e Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas, na avaliação dele, estão muito distantes de Otto Alencar e de Jaques Wagner.

“Do ponto de vista de projeção, Caetano e Moema têm os nomes mais projetados, porque têm mais história no partido. Mas, apesar de serem dois nomes mais políticos, não possuem nem a capilaridade, nem afinidade ou dimensão que tem alguém que já foi governador ou senador, e estão sendo agora colocados para lançar e trabalhar a campanha. É muito diferente construir um nome faltando sete meses para a eleição”, opinou.

 

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade. 

 

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