Danillo Freitas
Para tratar das problemáticas do Sistema Prisional de Feira de Santana, foi realizada uma Audiência Pública nesta sexta-feira (12), na Câmara Municipal. Proposta pela Comissão de Reparação, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor e Proteção à Mulher da Casa, a discussão reuniu representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Diretor do presídio regional de Feira de Santana, Clériston Leite, além de outros segmentos da sociedade.
O vice-presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Luiz Coutinho, questionou como armas brancas e de fogo entraram no presídio regional de Feira de Santana. Ele ainda afirmou que presos tinham vários privilégios no conjunto penal feirense, como cela individual e direito a portar arma branca.
Sobre as denúncias, Clériston Leite disse que os benefícios existentes aos presidiários são dentro do que a lei permite. "Não existe nenhuma regalia no conjunto penal. Tudo que é feito é com base na legislação."
Milton Martins, diretor de segurança prisional da Bahia, contou que apesar das nove mortes durante a rebelião, todos os reféns saíram com vida e sem ferimentos do conjunto penal. “Hoje a violência é uma realidade no Brasil inteiro, infelizmente. As mortes que aconteceram dentro da unidade prisional foram um “acerto de contas.”
De acordo com Reivon Pimentel, coordenador do sindicato dos servidores penitenciários da Bahia, existe superlotação no sistema prisional baiano. “O que prova a total insegurança na unidade feirense é a rebelião do último dia 24. Existe o dobro dos presidiários que o local comporta”, afirmou.