Feira de Santana

Câmara Municipal aprova moção de repúdio ao presidente do Consórcio Feira Popular

Os vereadores repudiaram o fato de Elias Tergilene não ter deixado Luiz da Feira se expressar durante uma reunião.

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Ney Silva e Rachel Pinto

A sessão da Câmara Municipal de Vereadores da manhã desta quarta-feira (9), foi marcada por polêmicas relacionadas ao Shopping Popular. Os vereadores criticaram o aumento dos valores cobrados por metro quadrado que de acordo com o Consórcio Feira Popular, passará de R$28 para R$40. Os vereadores aprovaram também uma moção de repúdio ao empresário Elias Tergile, presidente do Consórcio Feira Popular.

De acordo com os vereadores, Elias desconsiderou o vereador Luiz da Feira em uma reunião que se discutia assuntos pertinentes ao empreendimento. O autor da moção de repúdio, vereador Edvaldo Lima disse que se fosse com ele a atitude de Tergilene, responderia ao empresário com uma atitude bem diferente.

Edvaldo Lima explicou que Elias Tergilene não permitiu que o vereador Luiz da Feira se expressasse em uma reunião onde estavam camelôs e na opinião dele, o empresário precisa respeitar os representantes do poder legislativo que foram eleitos pelo povo da cidade. 

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Luiz da Feira só saiu da reunião porque ele não buscou o direito dele. Porque este vereador, o vereador Edvaldo Lima não saía e ainda chamava a polícia e mandava prender o senhor Elias Tergilene porque ele precisa respeitar a autoridade deste município. O poder legislativo é o poder para ser respeitado e ele não respeitou o vereador Luiz da Feira. Se eu tivesse lá ele saía de lá algemado direto para a delegacia. Que era para ele aprender a respeitar, ele não desrespeitou não foi só o vereador não, ele desrespeitou foi a população de Feira de Santana que votou no Luiz como representante. E o vereador não teve acesso, não teve condições de permanecer e teve que sair da reunião, mas eu digo ele não buscou o direito dele, porque se ele busca, quem tinha que sair de lá preso era o Targilene”, pontuou.

Edvaldo Lima comentou também sobre o aumento das taxas do Shopping Popular e disse que vai buscar a justiça para fazer o empresário recuar, reduzir o valor da taxa e cobrar o que está no contrato com a prefeitura. Na opinião dele, a taxa é fora da realidade dos camelôs.

“Ele teria que buscar o governo, ter sentado com o governo e o governo mandar para esta casa um projeto de lei pra ter o aumento e não ele chegar lá e aumentar como ele quer. Então, logo a gente irá buscar a justiça para resolver o problema dos camelôs, dos comerciantes do Shopping Popular”, declarou.

O vereador Luiz da Feira contou como foi a situação que envolveu ele e Tergilene e relatou que o empresário se referiu a sua pessoa como “camelôzinho” em tom de indiferença. O vereador salientou que os camelôs estão buscando conversar com Elias Tergilene, discutir a situação do Shopping Popular, mas segundo ele, embora o Shopping Popular seja uma parceria entre o consócio e a prefeitura, o poder público não tem voz e quem manda no empreendimento é apenas o empresário.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Temos um shopping que a prefeitura não manda em nada, os vereadores não mandam, nem o secretário. Quem manda é ele, ele diz que o shopping é dele. Hoje, temos 1.800 boxes naquele shopping. Fiz um projeto para fazer uma parceira entre a prefeitura e os camelôs, mas infelizmente foi suspenso várias vezes. Ontem, fizemos uma votação e só houve dois votos, o meu e o do vereador Edvaldo Lima. Todo mundo está do lado desse empresário que chegou em Feira para maltratar os camelôs. Fico triste como representante da casa e pelo poder público não vê essa situação junto com o prefeito e o secretário do município”, lamentou Luiz da Feira.

Elias Tergilene disse que Luiz da Feira não manda nem no Shopping Popular nem na Câmara de Vereadores, que é um empregado do povo. De acordo com ele, o vereador tentou usar da sua pseudo autoridade para atrapalhar a reunião dos camelôs.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Ele é meu empregado, eu pago imposto e se tem um vereador, ele tem que trabalhar para mim. Eu acho que o vereador Luiz da Feira tem que se colocar no seu lugar e fazer benefícios para a população, para todos. Não é ficar se autointitulando de camelô e vindo aqui causar confusão. Ele queria me tomar o microfone, não vai tomar o microfone. Era uma reunião onde estava explicando as taxas condominiais e de prestação de contas”, concluiu.