
Após o sucesso da Operação Mobile 360°, que apreendeu 2.181 aparelhos celulares apenas na última edição, a Polícia Civil segue orientando a população sobre como agir em casos de roubo e furto de celulares e quais medidas adotar para evitar ser vítima desse tipo de crime.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o chefe da Diretoria Regional do Interior Leste (Dirpin), delegado Yves Correia, reforçou que o registro da ocorrência é fundamental para a recuperação do aparelho.
“Milhares de aparelhos foram recuperados aqui em Feira de Santana desde o momento que a gente começou a realizar essa atuação há dois anos, buscando os autores das receptações, bem como identificando e fazendo até uma campanha com a população, com a sociedade para que viessem à delegacia registrar trazendo o IMEI, que é o número identificador do celular. Pra gente é motivo de orgulho porque sabemos que o celular hoje é uma ferramenta essencial para a população.”

O delegado explicou que, uma vez recuperado e identificado o aparelho pela polícia, o processo de devolução é rápido e pode ser feito até mesmo à distância. Por isso é sempre importante fornecer dados atualizados na hora de realizar o Boletim de Ocorrência (BO), inclusive fornecendo duas formas de contato.
“A gente entra em contato com as vítimas que fizeram a ocorrência do BO, marcamos um dia específico para poder fazer a entrega. Quando a pessoa está em outro local, a gente encaminha pelo correio, ou então em caminho por algum portador, esse celular que é devidamente entregue. Então o importante mesmo é realizar a recuperação, geralmente a restituição é até mais rápida, mais simples.”
Yves Correia lembrou que muitos celulares furtados em Feira acabam sendo encontrados em outras cidades, o que reforça o trabalho de integração entre as polícias.
Como exemplo, ele citou que durante a Micareta de Feira deste ano, pessoas especializadas no furto e roubo de aparelhos compareceram à festa, mas foram reprimidas pelo setor de inteligência da Civil.

“Por exemplo, um indivíduo que vinha para cá todo ano, ficava hospedado no mesmo hotel, próximo a Presidente Dutra, e que faziam esses furtos na micareta e levavam eles para Salvador, Santo Amaro, para outras regiões. Então é importante demais esse intercâmbio de informações.”
Segundo o delegado, o principal motivo dos furtos é o alto valor de revenda dos aparelhos, que muitas vezes acabam sendo trocados por drogas ou vendidos no mercado informal por um valor mais baixo.
“Por isso, a gente sempre alerta a sociedade de que ‘o barato pode sai caro‘, uma vez que, se a pessoa tiver de posse de um celular com procedência de roubo ou furto, a gente vai sim apreender esse celular porque é objeto de crime”, alertou.
Ligue o alerta quando estiver fora de casa
O delegado orienta que os cuidados básicos com o aparelho podem evitar prejuízos, principalmente contra grupos que furtam com destreza, que é quando a pessoa tem as “mãos habilidosas para furtar”.
“A gente vê que muitos indivíduos ficam esperando aquela oportunidade para poder arrebatar o celular da pessoa, subtrair. Quando tiver em um local, não deixa o celular na bolsa com ela aberta, nem no bolso de trás, tem muito isso também, e acaba perdendo numa festa. O ideal é que você tenha sempre uma doleira, uma pochete que consiga esconder melhor esse telefone e de algum modo resguardar para que ele não seja subtraído, porque como disse, tem vários grupos já especializados.”
O que fazer em caso de roubo ou furto
Ao perceber que teve o celular levado, o primeiro passo é registrar o BO e informar o IMEI (International Mobile Equipment Identity), o número que identifica o aparelho.

“Por exemplo, uma coisa que eu fiz com o meu, eu peguei o IMEI do meu celular e mandei para o meu e-mail. Sabe por quê? O meu e-mail eu vou ter sempre acesso de qualquer lugar. Então é uma forma de caso aconteça de eu perder meu celular eu ter já acesso ao IMEI dele pelo próprio e-mail. E ao fazer a ocorrência vai facilitar para que eu alcance e recupere mais rápido esse telefone.”
Além disso, o usuário deve bloquear remotamente o aparelho e, se possível, apagar os dados pessoais, em caso de suspeita que estejam acessando o seu conteúdo.
“Você tem opções hoje no celular de remotamente você bloquear que tem acesso às fotos, você conseguir também de algum modo apagar os arquivos que lá estão. Então isso também é uma forma de controle, sobretudo naqueles casos em que você acredita que a pessoa já esteja tendo acesso ao seu conteúdo.”
O que acontece com os aparelhos não retirados
O delegado destacou que todos os aparelhos recuperados ficam armazenados à espera dos donos, e que a Polícia Civil faz o possível para localizá-los antes que o aparelho pare de funcionar.
“Ele vai ficar no cartório, apreendido, aguardando essa vinda. Ele também tem uma vida útil e que se não vier vai acabar tendo desuso e aí lá na frente vai acabar sendo destruído até pela própria justiça.”
“A gente já teve casos da pessoa nem ter feito a ocorrência e a gente ter identificado o telefone perdido, e a gente achado a pessoa e conseguido entregar. Então é um trabalho muito importante para a sociedade também, um trabalho que a gente faz, que a gente acredita que também dá muito resultado.”
📱 Balanço da Operação Mobile 360°
Entre 13 de agosto e 15 de outubro de 2025, a sétima edição da operação resultou na apreensão de 2.181 celulares, dos quais 1.531 já foram devolvidos aos proprietários. Outros 650 aparelhos já estão disponíveis para retirada. Desde a primeira edição, em maio de 2024, 4.129 celulares foram recuperados, com 3.153 devolvidos em todo o estado.

Com informações do repórter do Ed Santos do Acorda Cidade
Leia também:
Celular furtado durante Micareta é devolvido ao proprietário pela Polícia Civil
Rastreamento de celulares subtraídos e uso de drones levam mais segurança na Micareta de Feira
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e Youtube e grupo de Telegram.