Um crime que pode ter sido resultado de outro. É essa a linha de investigação que está sendo seguida pela Polícia Civil de Itanhém, extremo sul baiano, para desvendar a morte do taxista Ivalnilton Rodrigues Oliveira, o Zito, de 35 anos.
Zito foi morto com três tiros e o criminoso ainda matou seu filho, Ivanildo Oliveira de Jesus, 18 anos. Os corpos foram localizados no dia 13 deste mês, carbonizados, dentro de uma cova rasa, em uma estrada de chão próxima à vizinha cidade de Medeiros Neto.
O taxista era o principal suspeito de ter matado sua ex-companheira, a manicure Sandra Souza Santos, 22, assassinada em 31 de dezembro do ano passado. O corpo da moça foi jogado no Rio Jucuruçu e encontrado dez dias depois. Zito e Sandra viveram juntos por dois anos e haviam se separado 30 dias antes da morte dela.
O taxista já estava com a prisão preventiva decretada pelo juiz José Ricardo Costa e Silva. Um fato que intriga o delegado titular de Itanhém, Jorge da Silva Nascimento, é que a hora que o corpo de Sandra foi reconhecido pela família dela, coincide com o horário em que Zito recebeu uma ligação para fazer uma corrida com três passageiros (por volta das 15h30 do dia 10 de fevereiro).
Apesar de alguns depoimentos de familiares e de uma amiga de Sandra darem conta de que o taxista agredia a moça e a ameaçava de morte, o delegado esclareceu que o pedido de prisão preventiva do taxista foi feito porque ele estava fora da cidade e não foi depor.
“Ele estava em Teixeira de Freitas e entendi que estava foragido, pois não compareceu à delegacia. Mas o que tínhamos de evidência de que ele teria cometido o crime contra Sandra não era suficiente para indiciá-lo”, declarou.
Informações do A Tarde