Segunda vítima de duplo homicídio em Feira de Santana é identificada

A segunda vítima do duplo homicídio, assassinada na madrugada de domingo (30), no bairro Campo Limpo, em Feira de Santana, foi identificada pela polícia. Tais Gomes Santos, de 27 anos, morreu por volta das 00h38h em uma residência localizada na Rua João Lima. 

Como já foi mostrado pelo Acorda Cidade, a outra vítima foi identificada como Marília de Oliveira Pereira, de 37 anos, que residia no imóvel. Segundo as primeiras informações, as mulheres foram executadas com cerca de 10 disparos de arma de fogo. Elas foram encontradas pela polícia sentadas, encostadas na parede, apresentando perfurações na cabeça, tórax e abdômen. Dois homens foram avistados fugindo do local. Ainda segundo a polícia, a porta da casa estava com sinais de arrombamento.  

Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado Yves Correia deu mais detalhes sobre o levantamento feito pela polícia até o momento. De acordo com ele, um dia após o ocorrido, a Polícia Militar apresentou dois suspeitos do crime, inclusive um deles com uma arma 9mm, supostamente utilizada no homicídio. 

“Os irmãos da Polícia Militar apresentaram dois indivíduos, um inclusive com a arma 9mm, que está sendo investigado. E, logicamente, para fazer essa comprovação, a gente tem que fazer o confronto balístico da arma para poder determinar se daquela arma partiram os disparos que intimaram essas duas mulheres. Então, a Polícia Civil está avançando, logicamente, nas investigações”, explicou.

Segundo o delegado, o primeiro semestre em Feira de Santana chega ao fim com uma redução de 30,5% nos índices de violência, resultado intenso do trabalho entre as polícias Civil e Militar no combate à criminalidade. 

“Tanto a Polícia Civil quanto a Militar estão fazendo um trabalho sempre integrado e conjunto com grandes operações. Então, vamos elucidar esses homicídios que estão vindo também para poder dar resposta à sociedade. A equipe está trabalhando forte, investigando, buscando autoria, colhendo esses elementos probatórios para poder indiciar, conseguir as cautelares e prender os envolvidos. Então, está bem avançado”, acrescentou Yves ao Acorda Cidade. 

Ainda segundo o delegado, uma das vítimas era usuária de drogas e tinha registros criminais por violência doméstica. Não foi informado qual delas fazia o uso de entorpecentes. 

“Tudo isso está sendo apurado junto à família, junto a vizinhos, amigos, testemunhas, para saber se há algum tipo de relação com o tráfico de drogas e, é lógico, operações de inteligência serão também deflagradas para poder aprofundar todo o cenário criminal dessa situação”.

Junho: dados da violência em Feira de Santana 

A delegada Klaudine Passos também conversou com a reportagem do Acorda Cidade nesta segunda-feira (30), último dia do mês de junho. Ela fez uma breve avaliação da violência em Feira de Santana, que este mês registrou até o momento 15 homicídios. 

“A gente tem apenas 15 homicídios em Feira de Santana, isso representando uma queda de 21% nos números. É um mês que, historicamente, a gente tem um baixo índice de homicídios. A gente reputa isso aos festejos, uma festa mais calma. E, na verdade, a DH, não só a DH, mas a coordenadoria de Feira de Santana, comandada pelo doutor Ives Correia, futuro diretor do Dirpin, está de parabéns, logrando êxito nas investigações, várias prisões sendo efetuadas, sendo representadas, enfim. A determinação é não dar trégua para o tipo de comportamento criminoso em Feira de Santana”, avaliou. 

A delegada também destacou os festejos juninos, tanto o São João quanto o São Pedro em Feira de Santana que não tiveram crimes graves. 

“A festa foi de total êxito. Não tivemos registro de ocorrência. Algumas situações envolvendo furto de celular, mas que nós nem conseguimos registrar a ocorrência, haja vista que as pessoas não compareceram e a gente pede que se ouve isso lá, que realmente registre a ocorrência, leve a nota fiscal para que a gente possa estar recuperando esses aparelhos através do email que a gente tem como fazer isso com o nosso Núcleo de Inteligência aqui de Feira de Santana”, orientou Klaudine.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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