Quase 300 quilos de maconha foram apreendidos na tarde desta sexta-feira (19) em uma residência no bairro Mangabeira, em Feira de Santana. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR/Deic), que inicialmente investigava a suspeita de um veículo roubado e acabou descobrindo o esquema de tráfico. Na operação, a polícia prendeu em flagrante um homem suspeito de integrar uma facção criminosa.
“A partir dessa suspeita do veículo, da motocicleta, a gente aprofundou a investigação e foi detectado também possibilidade de tráfico de drogas. Hoje foi feita uma campana pelas equipes da Furtos e Roubos, a unidade do Deic aqui em Feira, onde na parte da tarde, por volta de 14h da tarde, conseguiu dar o bote e pegar em flagrante esse indivíduo na posse dessa grande quantidade de drogas”, explicou o delegado titular da DRFR, José Marcos em entrevista ao Acorda Cidade.
Segundo o delegado, além dos tabletes de maconha, parte ainda lacrada, os policiais encontraram drogas embaladas em sacos plásticos, indicando dois tipos diferentes de entorpecentes, um revólver, balança e anotações do tráfico. Segundo a polícia, o homem confessou que integra uma facção criminosa oriunda do Rio de Janeiro.
O suspeito também teve o celular apreendido, que deve ajudar a aprofundar a investigação. “A gente acredita que nesse celular vai ter muito material para a gente trabalhar, contatos e muita coisa documentada. A gente está ansioso para conseguir a autorização judicial para poder extrair esses dados”, disse.
As drogas estavam armazenadas em caixas espalhadas pela casa, que havia sido alugada recentemente pelo suspeito. “Pela experiência nossa, a gente vê que aquela droga o pessoal chama de maconha ‘agoshi’, aquela com valor de mercado bem maior que a maconha comum, além da outra maconha que está em tabletes. O DPT vai atuar para fazer essa análise”, relatou o delegado.
O suspeito foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse irregular de arma de fogo. Ainda segundo o delegado, o homem reservou o direito de ficar calado e não deu detalhes sobre o destino dos entorpecentes.
“Ele ficou bastante tranquilo com a nossa presença, não enfrentou a polícia, se entregou. Então a gente fez a prisão, conduziu ele à delegacia, ele vai ser interrogado, não sei se ele vai falar ou vai usar o direito de ficar em silêncio, que é um direito constitucional dele também,. Mas, mesmo que ele fique em silêncio, a Polícia Civil tem meios de aprofundar a investigação de outras formas, mecanismos legais que a gente tem como aprofundar e conseguir também chegar nos resultados.”
Para o delegado, a grande quantidade de entorpecentes apreendida demonstra que o homem ocupava posição de confiança dentro da facção criminosa.
“A grande quantidade indica que o sujeito tem uma posição hierárquica dentro da organização criminosa alta. A quantidade dessa de droga não é confiada a qualquer pessoa. Então se ele estava na posse dela, com certeza é pessoa de confiança de gente maior que ele ainda.”
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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