Prejuízos causados por furtos em condomínios de alto padrão podem chegar a R$ 1 milhão, informa delegado

Após a prisão de um homem, autor de uma série de furtos em condomínios de alto padrão, no bairro SIM, em Feira de Santana, o delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos (DRFR) de Feira de Santana, José Marcos, informou ao Acorda Cidade que os prejuízos causados pelos furtos podem chegar a 1 milhão de reais.

Segundo o delegado, mais de 10 casas foram invadidas e furtadas pelo homem, que não teve a identidade revelada pela Polícia Civil. Ele confessou que vendeu os materiais furtados e, com essas vendas, conseguiu arrecadar entre 100 e 200 mil reais.

“A gente sabe que, no mercado clandestino, essas mercadorias são vendidas por valores bem abaixo, e acreditamos que ele tenha vendido por 20% do valor original. Além disso, estão surgindo novas vítimas que procuraram a delegacia, como uma pessoa que registrou o furto de um relógio avaliado em 35 mil reais. Acreditamos que o valor total dos prejuízos possa chegar a 1 milhão”, afirmou o delegado.

Como agia o autor

O delegado José Marcos explicou que o autor dos furtos agia sozinho, aproveitando as vulnerabilidades dos condomínios. Ele confessou como conseguia entrar nas casas sem ser percebido. Segundo o delegado, ele seguia um método específico para cometer os crimes: chamava para verificar se havia alguém em casa e, caso alguém respondesse, ia embora.

“Ele confessou que utilizava escadas para pular os muros e acessava condomínios localizados com os fundos para ruas com pouco movimento ou próximos a terrenos baldios. Ele testava se a cerca elétrica estava funcionando e, caso não estivesse, pulava. As casas escolhidas geralmente ficavam no limite dos condomínios. Assim, ao pular o muro, ele já caía dentro das casas ou em seus arredores, sem precisar circular muito pelo local”, explicou o delegado.

Reincidente

O autor é reincidente nesse tipo de crime. O delegado informou que ele já cumpriu uma pena de 5 anos e 6 meses no estado de Sergipe, após invadir a casa de uma desembargadora.

“Ele tem um histórico extenso desse tipo de crime. Já invadiu a casa de uma desembargadora no mesmo modus operandi. Ele foi preso, cumpriu a pena e foi liberado há cerca de um ano. Desde então, voltou a atuar”, declarou José Marcos.

De acordo com o delegado, os proprietários começaram a notar a falta de objetos em suas casas no final de abril e início de maio. Foi a partir desses relatos que a Polícia Civil iniciou as investigações.

“Apesar disso, alguns proprietários sequer tinham percebido o furto dos objetos. Muitos só notaram a ausência após a confissão do homem e o contato da polícia com os moradores”, explicou.

Processo em liberdade

Embora tenha confessado os crimes, o investigado não foi preso em flagrante e nem estava de posse dos objetos subtraídos no momento da prisão, razão pela qual responderá ao processo em liberdade, conforme estabelecido na legislação penal vigente.

Próximos passos

José Marcos informou que o investigado indicou o local onde vendeu os objetos furtados, e a partir dessas informações a polícia vai prosseguir com as investigações para localizar os receptadores e localizar os bens subtraídos.

“Ele roubava ouro e dinheiro em espécie, que são de difícil rastreamento. Contudo, também furtava relógios e outras peças que vamos tentar recuperar. Ele será indiciado e acreditamos que conseguiremos a prisão e condenação dele. O autor vai responder por furto qualificado, cuja pena pode ultrapassar 15 anos de prisão”, concluiu o delegado.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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