Bahia

Policial suspeito de homicídio em briga de trânsito responde por agressão à mãe

Civil é apontado como autor de disparos contra empresário em outubro. Crime ocorreu na manhã do dia 19 de outubro, na Av. ACM, em Salvador.

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O policial civil suspeito de matar o empresário Silvio Ricardo Andrade, de 41 anos, no mês de outubro, em Salvador, responde a processo na Corregedoria de Polícia Civil por agressão contra a mãe. Os detalhes sobre os crimes atribuídos ao policial foram passados na manhã desta terça-feira (27), no auditório da Secretaria de Segurança Púlica do Estado (SSP-BA), no Centro Administrativo, na capital baiana.

Motociclista foi morto a tiros na manhã do dia 19 de outubro, em Salvador (Foto: Reprodução/TV Bahia)

O policial civil de 43 anos é lotado na Delegacia de Defesa do Consumidor (Codecon), em Salvador. Ele foi preso na sexta-feira (23), em cumprimento a um mandado de prisão temporária depois que os investigadores daDelegacia de Homicídios analisaram os dados da arma de onde partiram os disparos contra o empresário e detectaram que pertencia ao agente.

O suspeito foi preso no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, durante audiência na Vara de Violência Doméstica, onde responde por agressão contra a mãe. "Ele tem um histórico de agressão familiar, e ficamos sabendo da audiência, ele não resistiu [à prisão]. Não temos informações de distúrbios profissionais, mas com seus familiares, distúrbios familiares, o que era fruto de investigação da Corregedoria", disse o secretário de Segurança Maurício Barbosa.

Vítima foi morta durante briga de trânsito

A polícia utilizou um sistema eletrônico de identificação balística, que apontou a relação entre o projétil encontrado no dia do crime e a arma do policial. "O laudo é bastante técnico, que uma precisão de 99,99% de certeza que o projétil encontado foi deflagrado atraves desta arma. Os álibes e as testemunhas do policial não confirmaram [a versão de inocência apresentada pelo agente], o que de fato aumentam os indícios contra esse policial. E ainda o argumento de que a arma não saiu de sua posse desde que foi cargueada na Polícia Civil", explica Barbosa.

 "Foi um caso bastante sério, bastante grave, mas também pela banalidade com que foi cometido, por todas as circunstâncias e, principalmente, por ser integrante da nossa polícia", completou Maurício Barbosa.

A arma do crime foi apresentada nesta terça-feira, mas o policial, segundo Maurício Barbosa, não esteve na apresentação. "Temos um sistema Judiciário que, infelizmente, em alguns caso de policialis que são participantes de crime, por uma questão jurídica qualquer, voltam a trabalhar em suas unidades. Então, [] essa preservação. É também [preservação] dos companheiros que trabalham com essas pessoas. Se eu tivesse certeza que esses policiais seriam expulsos da polícia, faria a presentação sem problema algum", alegou o secretário de Segurança.

Barbosa finalizou a entrevista ao afirmar que "as más condutas praticadas por integrantes das nossas corporações serão, de fato, apuradas, e depois do processo legal as penas serão aplicadas. É inaceitável que policiais venham a praticar crimes".

O policial está detido temporariamente, na Corregedoria, por um prazo de 30 dias, prorrogável por outros 30 dias. A polícia aguarda o andamento do processo e a possibilidade de expedição de um mandado de prisão preventiva, até que o julgamento seja marcado.
As informações são do G1.