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Policiais civis do Espírito Santo paralisaram as atividades ao meio-dia desta quarta-feira (8), em protesto por conta da morte de um investigador em Colatina, Noroeste do estado, nesta terça-feira (7). Eles saíram em passeata até o quartel da Polícia Militar em Maruípe, em Vitória, e de lá seguem para o velório do colega.
A paralisação acontece em apoio ao movimento dos parentes de policiais militares, mas o serviço vai ser normalizado nesta quinta-feira (9), segundo a Polícia Civil. Durante a paralisação, só vão ser feitos atendimentos de urgência. O serviço volta ao normal à 0h da quinta-feira (9), segundo o sindicato.
O Sindicato de Policiais Civis diz que foi decidida uma paralisação de um dia e que não foi deflagrada greve. Amanhã, às 13h, será feita uma assembleia para deliberar o que a categoria fará diante do caos no estado.
Entenda a crise na segurança no ES
– Os PMs reivindicam aumento nos salários, pagamento de benefícios e adicionais e criticam as más condições de trabalho.
– Como os PMs não podem fazer greve, as famílias foram para a frente dos batalhões para impedir a saída das viaturas policiais.
– O bloqueio começou no sábado (4) e atinge a Grande Vitória e cidades como Linhares, Aracruz, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Piúma.
– Desde então, o Espírito Santo registrou 87 mortes violentas, segundo o sindicato da Polícia Civil.
– Escolas, postos de saúde e parte do comércio estão fechados desde segunda-feira (6), quando ônibus também pararam de circular. Os coletivos voltaram a rodar na manhã desta terça (7), mas foram recolhidos novamente às 19h. Na quarta-feira (8), o Sindicato informou que não haverá circulação.
– 1.000 homens das Forças Armadas fazem policiamento na Grande Vitória desde segunda, e 200 integrantes da Força Nacional começam a atuar nesta terça.
Morto em assalto
O enterro está previsto para as 15h.Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Mario Marcelo de Albuquerque foi atingido por um criminoso ao intervir no assalto a um motociclista. Ninguém foi preso ainda.
Foto: Divulgação/Whatsapp
O investigador Marcelinho, como era conhecido, estava de carro com um colega quando, na altura da Curva Mario Cassani, na BR-259, abordaram criminosos que assaltavam um motociclista.
Houve troca de tiros e o investigador foi baleado na barriga. Os assaltantes conseguiram fugir.
Mario foi levado para o Hospital São Bernardo, em Colatina, mas não resistiu e morreu. O investigador deixa esposa e dois filhos. O corpo do policial vai ser velado no cemitério Jardim da Paz, na Serra, Grande Vitória.
Foto: G1