Feira de Santana

Polícia Militar realiza caminhada; Índices mostram que, na média, tropa da PM já beira a obesidade

O evento reuniu policiais de diversas Unidades e tem o objetivo de manter a qualidade de vida através da prática do exercício físico

Acorda Cidade

Na manhã de ontem (13), a Polícia Militar realizou o projeto ‘Caminhada com o Comandante Geral da PM’, na avenida Fraga Maia, em Feira de Santana.

 
O evento reuniu policiais de diversas Unidades subordinadas ao Comando Regional Leste-CPRL e tem o objetivo de manter a qualidade de vida através da prática do exercício físico, sessões de acupuntura, massoterapia, reflexologia, limpeza facial de pele, aurícula-acupuntura. 
 
De acordo com o comandante geral, o coronel PM Castro, “essa caminhada acontece em Salvador e agora em Feira de Santana. Temos o objetivo de despertar os policiais para a saúde. Quando o policial está bem, consequentemente, vai desempenhar melhor o seu papel”. 
 
 

 
Acima do peso – Testemunhar um policial gordinho perder uma corrida para o ladrão pode até parecer engraçado, mas, no caso da Polícia Militar da Bahia, a situação resume um problema. Levantamento ao qual o site Correio teve acesso mostra que o Índice de Massa Corporal (IMC) da PM é, em média, de 29,5 kg/m².

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que, entre 25 e 29,9, o indivíduo tem sobrepeso. A partir de 29,9 já é tratado como obeso de nível 1. 


Ou seja, a tropa da PM baiana beira a obesidade. O índice foi confirmado pelo Departamento de Saúde (DS) da corporação, que obteve a média do IMC a partir da avaliação física de 6,2 mil policiais nos últimos cinco anos. 

As avaliações foram feitas em quatro circunstâncias diferentes: na fase de admissão, nas mudanças de patentes (promoções), em cursos internos e externos e durante atendimentos médicos.

Sem percentuais que apontem a quantidade de policiais acima do peso, a PM só conta mesmo com o IMC médio da tropa. Mas a maior prova de que esse número é grande está nas ruas, onde há PMs exibindo cinturas protuberantes e fardas apertadas. 

Os PMs acima do peso relatam dificuldade não só para correr atrás de bandido, mas também para entrar e sair das viaturas, carregar armamento pesado e atirar com precisão. Até as mulheres dizem que não têm como se cuidar. 

O sobrepeso, como se sabe, impacta na saúde. Hipertensão, diabetes, colesterol alto e doenças do coração são comuns na PM. Rocha acumula todos. Há dois anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Estou com 115 quilos, mas já cheguei a 125”. 
 
O coordenador da Associação dos Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra), Marco Prisco, diz que um dos pedidos da entidade é a realização de exames periódicos.  As informações são do repórter Ney Silva, do Acorda Cidade e do Correio.