
O coordenador da Coordenadoria de Polícia do Interior (1ª Coopin), Rafael Almeida, conversou com o Acorda Cidade sobre os recentes crimes na cidade. Na última semana, cinco homicídios foram registrados em distintas localidades. As declarações foram dadas durante um café da manhã especial entre as forças de segurança e a imprensa no auditório da Unex, em Feira de Santana.

“Realmente foram cinco assassinatos na semana, mas já antecipamos que a gente tem vindo numa redução de homicídios, de todo ano, inclusive esse mês tem sido um mês histórico, a gente estava até esses homicídios aí a 60% de redução no mês em Feira de Santana, então é um dado fantástico para a cidade. E mesmo assim a gente ainda está com 50% agora, apesar desses homicídios que ocorreram aí.”
O delegado também disse que as recentes mortes na cidade não exatamente estão ligadas a operação que ocorreu no último dia 28 no Rio de Janeiro, de combate às facções criminosas, mas podem sim, ser reflexo da reação do crime organizado.

“É mais uma questão de que eles foram de certa forma atingidos no centro do poder e a se reflete entre integrantes das mais variadas regiões do país. A gente fala de crime organizado mas nem tão organizado assim e aí, eles tomam algumas decisões sem nenhum tipo de planejamento e faz parecer que é um crime organizado, que é algo bem pensado, mas às vezes eles surfam em uma onda que não é uma onda verdadeira. Então a gente realmente tem dado atenção a esse fato. A gente já está aguardando agora um relatório da Delegacia de Homicídios, de Dr. Gustavo, que tem toda essa investigação em mãos desses homicídios e a gente em breve vai apresentar dados mais robustos para ver se realmente tem algum tipo de ligação com os fatos que aconteceram no Rio de Janeiro”, explicou ao Acorda Cidade.
A investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro nessa última operação realizada na capital fluminense trouxe a tona ramificações da facção em diversos outros estados, inclusive a Bahia. Segundo o delegado Almeida, as forças de segurança baianas já atuam e planejam suas ações há tempos para conter esse avanço.
“É um planejamento estadual de todas as forças de polícia. A gente tem se preparado já há tempos. A gente vem acompanhando essa situação de facções, inclusive de faccionados de Feira de Santana, que estavam no estado do Rio de Janeiro. Então, a inteligência da Polícia Civil já tinha esse conhecimento, esse pessoal já tinha sido monitorado. Então, o Rio estava alimentado com essas informações. Então a gente vem monitorando tudo isso e essa é a preparação da Polícia Civil, é trabalhar com inteligência.”
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