Polícia Civil da Bahia apreende mais de 17 toneladas de maconha este ano

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Mais de 17 toneladas de maconha já foram apreendidas este ano, na Bahia, pelo Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc) e as três Delegacias de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), instaladas em Salvador, Feira de Santana e Teixeira de Freitas, cujos policiais também apreenderam, entre janeiro e maio, 14, 6 quilos de cocaína, 16 quilos de crack e 4 mil 468 pedras da mesma droga.

Resultado das ações de combate à comercialização e consumo de entorpecentes no estado, os números foram divulgados pelo diretor do Denarc, delegado Jorge Figueiredo, nesta terça-feira (26), Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas.
 
Nos cinco primeiros meses deste ano, as equipes do Denarc e das DTEs prenderam em flagrante 378 traficantes, a grande maioria homens (325).  Neste período, 53 mulheres foram autuadas pela prática desse delito. Trezentos e vinte e oito usuários de drogas foram detidos e conduzidos para as delegacias especializadas. O Departamento de Narcóticos e as três DTEs dispõem de um efetivo de 95 policiais, sendo 12 delegados, 16 escrivães e 67 investigadores.       
        

Pré-micareta

 
Às vésperas da Micareta de Feira de Santana 2012, a equipe comandada pelo delegado Alexandre Narita, titular da DTE/Feira, apreendeu, nos bairros Ponto Central, Queimadinha, Sítio Matias, Parque Ipê e Irmã Dulce, cinco quilos de maconha, dois quilos de crack e 150 gramas de cocaína que seriam comercializados no período da festa. Deflagrada em 17 de abril, a operação resultou ainda nas prisões de 12 traficantes, alguns deles autores de homicídios, e na apreensão de duas pistolas de calibres 9mm e 45, três revólveres de calibre 38, uma espingarda calibre 12, 145 munições de diversos calibres, três balanças, R$ 15 mil 540, em espécie, além de cinco quilos de ácido bórico.

 
Morro do Chapéu

 
Mas, a maior apreensão de drogas durante uma única operação do Denarc, este ano, aconteceu na zona rural do município de Morro do Chapéu, em meados de janeiro, quando 420 quilos de maconha, prontos para o consumo foram retirados de circulação, tendo os policiais  erradicado, na região, uma roça com mais de 4 mil pés da planta. Encontrada na “Fazenda Nova”, a plantação possuía um engenhoso sistema de fornecimento de energia elétrica, com cerca de 4.500 metros de cabos elétricos, acondicionados em canaletas subterrâneas, que saía de uma casa na zona rural até a roça no meio da caatinga, inclusive com equipamentos para controlar tensão de energia.

Os 420 quilos de maconha apreendidos em Morro do Chapéu estavam ensacados e prontos para serem destinados ao abastecimento de pontos de tráfico em Salvador e localidades do Litoral Norte baiano. Em dezembro de 2011, o Denarc havia apreendido 16 toneladas da mesma droga nas cidades vizinhas de Canarana e Cafarnaum, numa operação considerada a mais expressiva de repressão ao tráfico de maconha já realizada no Nordeste Brasileiro.

Entre as ações de repressão ao tráfico, realizadas este ano pelo Denarc, destaca-se a Operação Chame-Chame, deflagrada no dia 6 de junho, na Roça da Sabina, para desarticulação de uma organização criminosa que vinha atuando no tráfico de drogas naquela localidade.   Foram cumpridos ali e em sete bairros de Salvador mandados judiciais de prisão e também de busca e apreensão, A operação teve o apoio de outras unidades policiais.

Dezoito traficantes, entre eles o líder da quadrilha na Roça da Sabina, Alessandro Martins Santos, o “Sandro”, 35 anos, e seus comparsas em outros bairros acabaram presos. Foram apreendidos quatro quilos de cocaína, quase meio quilo de maconha, uma pistola calibre ponto 40, uma pistola 380, um revólver calibre 38, e a quantia de R$ 15 mil.

A localidade da Gamboa de Baixo foi alvo de outra operação do Departamento de Narcóticos, no dia 12 de junho, quando os investigadores prenderam Renilton Gomes Mendes, surpreendido com uma mochila contendo 300 pedras de crack, 200 gramas de pasta base de cocaína e 87 ‘papelotes’ de maconha. Numa casa abandonada naquela localidade, havia mais papelotes de maconha, cocaína, balança de precisão e material para embalagem de droga.