PM que matou colega com oito tiros no Bye Bye São João alega legítima defesa

O desentendimento entre os policiais começou quando o cunhado de um deles foi colocado para fora da festa.

O soldado da Polícia Militar  Rodrigo Felipe Cabral da Silva,  22 anos, acusado de ter matado  o colega Joelson Rodrigues de Carvalho, 36, no último dia 25 de Julho, durante a festa Bye Bye São João, realizada no Clube de Campo Cajueiro, alegou legítima defesa  ao advogado José Alberto Daltro Coelho,  constituído para defendê-lo.

 
 
Rodrigo sendo conduzido por um outro policial à delegacia
 
Em entrevista exclusiva ao Acorda Cidade, o advogado disse que o acusado afirmou não ter atirado no policial pelas costas. Rodrigo estava participando da festa e contou a ele que foi muito ofendido pela vítima, que levou um soco no rosto, alguns empurrões e que tentou contornar a situação com Joelson, mas ele não aceitou. No momento, Joelson estava trabalhando como segurança da festa.
 
Rodrigo contou que pegou  sua arma, que estava guardada e que o colega disse:  “Dá pra mim dá pra você”. Neste momento a vítima pôs a mão na cintura e Rodrigo atirou na vitima, achando que o colega iria sacar uma arma. 
 
Segundo  Beto Coelho, o laudo da perícia vai confirmar se Rodrigo atirou ou não pelas costas da vítima, como foi divulgado e que a namorada e o cunhado de Rodrigo serão constituídos  como prova testemunhal.
 
A defesa
 
 
 
Advogado Alberto Coelho (Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade)
 
A tese da defesa ainda não foi apresentada e vai partir, inicialmente, para o atenuante violenta emoção e talvez legitima defesa. O advogado informou que está examinado o caso. Rodrigo Felipe encontra-se preso  e mesmo cabendo a ele a liberdade provisória o advogado ainda não fez o pedido – Rodrigo é réu primário, tem bons antecedentes profissão definida  e residência fixa. A  defesa do policial  será feita durante a instrução processual. 
 
Andréa Trindade com informações do repórter Aldo Matos.