Feira de Santana

Pintor é condenado a seis anos e quatro meses de prisão por homicídio

Ao Acorda Cidade, o advogado Thaisio Antonio, afirmou que esperava a absolvição do acusado e disse que vai recorrer para tentar diminuir a pena para o tempo mínimo de seis anos.

Daniela Cardoso

Foi julgado ontem (3) no Fórum Filinto Bastos o pintor Claudemir Santos de Jesus, conhecido como ‘Buguelo’. No dia 3 de setembro de 2016 na Rua Lagoa Azul, bairro Conceição, ele matou com disparos de arma de fogo, Thales Souza Santana por causa de uma rixa.

O Conselho de Sentença condenou o Réu. A juíza Dra. Márcia Simões Costa, Titular da Vara do Júri aplicou uma pena de 6 anos e 4 meses por homicídio simples a ser cumprida em regime fechado no Conjunto Penal de Feira de Santana.

Na defesa trabalharam os Advogados Thaisio Antonio e Guga Leal. Na acusação trabalhou a Promotora de Justiça Semiana Silva Cardoso. Ao Acorda Cidade, o advogado Thaisio Antonio, afirmou que esperava a absolvição do acusado e disse que vai recorrer para tentar diminuir a pena para o tempo mínimo de seis anos.

Apesar disso, Thaisio Antonio afirmou que conseguiu passar para a sociedade que justiça não é só punir e sim fazer com que o estado também exerça os direitos básicos que todo cidadão tem. 

“Queremos que o estado exerça seu dever, que é garantir direitos básicos. A tese usada foi de absolvição de que o Claudemir em momento algum teve auxílio do Estado. O Estado nunca se comprometeu a incentivar ele, que teve que sair muito cedo da escola. Os pais eram alcoólatras, então a família nunca esteve presente na vida dele e o Estado nunca apareceu. Agora no momento que ele comete um crime, o Estado aparece para punir”, disse.

O advogado defendeu que o Estado não tem que aparecer apenas para punir e sim tem o dever de garantir educação e oportunidades para os jovens, o que, conforme afirmou, não tem acontecido.

“As periferias estão abandonadas, o tráfico de drogas está tomando conta e oferece trabalho para os jovens, diferente do Estado. Por mais que seja uma coisa ilícita, o tráfico não faz exigências. Tenho família e quero ver o bem da nossa sociedade. O Estado precisa fazer o seu papel e dizer que precisa consertar o que está errado, se isso não acontecer, não vamos acabar com a violência. Os presídios não estão ressocializando. Tratam como cachorros e depois esperam que eles saiam dóceis”, afirmou.

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As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade