Abdalônimo

PF deflagra operação contra lavagem de dinheiro e sonegação em empresas de Feira de Santana e outras cidades

Operação cumpre mandados de prisão, busca e apreensão. Um dos investigados teria desviado R$ 300 milhões nos últimos cinco anos.

Acorda Cidade

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (15) uma operação contra lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e falsidade ideológica em Maceió, Arapiraca, Branquinha e Anadia em Alagoas e em Feira de Santana, na Avenida Eduardo Fróes da Mota.

 
Segundo o delegado federal Gustavo Gatto, estão sendo cumpridos 4 mandados de prisão, 24 de busca e apreensão e 8 de condução coercitiva. Pelo menos um empresário já foi preso, na operação que foi batizada de "Abdalônimo"
O empresário preso no condomínio Aldebaran, em Alagoas, é Walmer Almeida, dono da Zoolo e ex-proprietário de uma concessionária de carros importados. Também foram presas a irmã de Walmer, Vitória Zoolo e outras duas pessoas.

“O alvo da operação são estabelecimentos comerciais dessas cidades e também vamos cumprir mandados de prisão contra pessoas que ainda não posso dizer quem são”, adiantou o delegado.

Investigações da polícia em conjunto com a Receita Federal descobriram sonegação de impostos em empresas de diversos ramos, como o de concessionárias de veículos e de vestuário.
 
Cerca de 70 policiais federais e outros 25 da Receita Federal estão cumprindo os mandados.
 
Segundo a PF, os crimes são liderados por um empresário, que não teve o nome divulgado, e se notabilizou pela incrível evolução patrimonial. A investigação começou quando surgiram informações sobre lavagem de dinheiro por parte do empresário, pessoa que ostenta altíssimo padrão de vida, possui diversos imóveis, carros esportivos, um avião e um helicóptero. 
 
Ainda segundo a PF, somente nos últimos cinco anos o empresário investigado teria movimentado R$ 300 milhões irregularmente. A Receita Federal informou que o empresário não declarou renda condizente com seu patrimômio. A investigação avançou e a PF descobriu que o suspeito se utilizava de subterfúgios criminosos, tais como falsificação de documentos, criação de empresas de faixada e a ocultação de bens, mediante a utilização de terceiras pessoas, ou “laranjas”.