Salvador

Patricinhas do crime riram e choraram durante depoimento, diz delegado

A dupla foi presa com um carro roubado, mas vem sendo acusada de outros crimes também.

Acorda Cidade
 
Em função de mais de uma centena de denúncias anônimas recebidas por telefone pela polícia,  as jovens Sendy Gabrielli Gomes, 27, e Débora Ruth Carvalho de Menezes, 19, chamadas de patricinhas do crime, foram ouvidas ontem (11) novamente  pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV). O delegado conta que durante os momentos que conversaram com os policiais elas oscilaram emocionalmente. “Ora riam, ora choram”, pontua.
 
As duas foram presas terça-feira no Ogunjá em uma blitz da PM quando foram flagradas conduzindo um carro roubado. O veículo — um  Palio Fire branco, de placa original OKO 8596 – estava com a placa NZZ 0215, pertencente a uma caminhonete L-200 prataOntem, Débora foi visitada pelo pai. A mãe de Sendy, que é de Itabuna, deve chegar hoje em Salvador. Em entrevista à TV Santa Cruz – afiliada da TV Bahia em Itabuna -, a mãe de Sendy afirmou que más companhias devem ter influenciado a filha.

 
A mãe da jovem falou que ela foi criada em uma família evangélica, indo para a igreja regularmente. Ela teria estudado até o sexto ano do ensino fundamental. No Acupe de Brotas, onde Sendy e Débora residem, os moradores se dizem surpresos com a notícia da prisão. O porteiro do condomínio Novo Horizonte, onde elas moravam, Mário de Jesus, disse que  Sendy mora mais de dois anos no local, mas não aparecia   oito dias. Próximo ao condomínio de Sendy, na rua Cruz de Souza, mora a família de Débora.
 
Parentes não quiseram falar com a imprensa, mas segundo vizinhos, os pais  enfrentam problemas com ela desde os 13 anos de idade.
 
No  depoimento de ontem, elas voltaram a negar as acusações de roubo e tráfico de drogas, segundo o chefe do serviço de investigação da delegacia, Getúlio Barbosa. O delegado titular da DRFRV, Marcos César da Silva,  diz que além das denúncias as vítimas precisam comparecer à unidade . “Após a divulgação das imagens delas, começaram a chegar  novas denúncias. Sugiro que as vítimas venham à delegacia reconhecê-las, porque é a partir desse reconhecimento que o nosso trabalho de investigação começa a dar resultados”
 
Elas permanecem presas à disposição da Justiça na carceragem da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), em Brotas. “Elas estão nessa carceragem porque nas outras delegacias da capital não celas femininas. As investigações continuam e ambas foram autuadas por receptação e pela adulteração de sinal característico de veículo automotor. Neste caso não a possibilidade de ser aplicada a fiança e a situação delas será analisada pelo juiz”, explicou o delegado.
 
Quando foi presa, Sendy afirmou ser promotora de eventos de boates em Salvador. Débora alegou ser estudante de Direito da  Faculdade Ruy Barbosa. A instituição, no entanto, informou que não tem registros dela como aluna ou ex-aluna. No painel do veículo onde elas foram flagradas, a polícia encontrou um cachimbo e pedras de crack. Porém, as duas alegam que tinham apenas maconha. Segundo Débora, o carro foi emprestado por um amigo delas. Mas, até ontemele não havia sido localizado pela polícia. As informações são do Correio.