Polícia

Operação 'Pente Fino' encontra armas, drogas e celulares no presídio de Feira de Santana

25 chuchos, 4 celulares, 19 cachimbos, 95 papelotes de maconha, 38 papelotes de cocaína, 7 pedras de crack e 7 facas estão na lista dos objetos encontrados.

Rachel Pinto

Foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (13), pelas Polícias Militar e Civil, a operação ‘Pente Fino’, no Presídio Regional de Feira de Santana. Todos os pavilhões da unidade prisional foram vasculhados e 25 chuchos, 4 celulares, 19 cachimbos, 95 papelotes de maconha, 38 papelotes de cocaína, 7 pedras de crack e 7 facas estão na lista dos objetos encontrados.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade 

A operação foi expedida pelo juiz da vara de execuções penais, Valdir Viana, e teve o apoio da 1ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior e Secretaria de Ressocialização e Administração Penitenciária (Seap).

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade 

O diretor do presídio, capitão Allan Araújo, ressaltou que a operação tratou-se de uma medida preventiva para evitar que possíveis delitos possam acontecer na unidade prisional. De acordo com ele, a ação teve a presença maciça da Polícia Militar, Polícia Civil e agentes penitenciários.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade 

“A ação contou com quase 100 homens da PM, mais de 40 homens da Polícia Civil e 30 agentes penitenciários. Tivemos um resultado muito positivo em Feira de Santana em mais uma operação em prol da segurança prisional”, afirmou.

O diretor explicou também que, durante a operação ‘Pente Fino’, um detento ficou ferido e teve que ser atendido pelo Corpo de Bombeiros. Capitão Allan disse que o interno tentou esconder drogas no esgoto da cela e ficou com o braço preso. Ele foi resgatado pelos bombeiros.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade 

Segundo Allan Araújo, após a operação nenhum detento foi transferido do conjunto penal. Mas é possível que ocorram transferências nos próximos dias.

Ala feminina também passou por varredura

A delegada Dorean dos Reis Soares disse em entrevista ao Acorda Cidade que a ala feminina do conjunto penal, composta por 16 celas e com 86 internas, também foi revistada. A PM , Polícia Civil e agentes prisionais encontraram um celular e uma pequena quantidade de drogas que aparentava ser maconha.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade 

“Uma operação muito exitosa. Queremos demonstrar que o Estado tem o total controle do presídio. Tivemos a atuação das polícias e foram ouvidos mais de 50 presos das várias celas onde foram encontrados chuchos, drogas e celulares. Tudo será comunicado ao juiz da vara de execuções penais, que determinou essa operação, e que foi abraçada também pela Secretaria de Segurança Pública (SSP)”,  declarou Dorean.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade 

O delegado João Rodrigo Uzzum, coordenador regional de Polícia Civil, explicou que o papel da Polícia Civil na operação consistiu na responsabilização penal e no aspecto administrativo dos presos que foram encontrados portando drogas, armas brancas e celulares.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade 

“Todo esse material foi recolhido e essas pessoas foram levadas às equipes de formalização. Tivemos oito equipes de formalização com um total de dez escrivães à frente e em torno de oito delegados para que possamos fazer com essas pessoas sejam responsabilizadas na esfera criminal e administrativa junto à vara de execuções penais dessa cidade. Essa operação nasceu após a expedição de um mandado de busca pelo juiz Valdir Viana, quando nós recebemos informes das agências de inteligência da SSP, Polícia Civil e Polícia Militar no sentido da possibilidade da existência de alguns itens ilegais com os internos. Tivemos o cuidado em ouvir as pessoas e vamos analisar quais desses internos que foram ouvidos possuem uma liderança dentro do Presídio Regional de Feira de Santana. Todos que a nossa inteligência já aponta como sendo líderes e que foram encontrados com drogas e outros objetos evidentemente serão representados por isso e também responsablilizados na esfera administrativa”, disse.

Punições

Uzzum salientou que na esfera criminal, a posse do telefone celular, assim como a posse de entorpecentes, entram nas questões administrativas e se o preso é flagrado com esses objetos ele enquadra-se na chamada falta grave na lei de execuções penais, podendo haver a regressão da pena.

“Muito provavelmente será decretada regressão de regime e ele será punido. Não basta fazer as revistas e as apreensões. Nós temos que punir os internos que estão transgredindo a lei de execuções penais”, concluiu.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.